Em sociedades livres, a habilidade do ser humano para usar as variadas formas da sua lÃngua materna como diferentes estratégias de interação é inquestionável. Todavia, em outros tipos de sociedade, como Moçambique, esse direito é limitado a apenas algum grupo (dominante) e vedado a outro/s grupo/s (dominado/s) (NGUNGA, 2009). O presente artigo tem como objetivo descrever o percurso das polÃticas e planificação linguÃsticas, vigentes em Moçambique nos perÃodos antes e pós-independência, demonstrando a importância de se traçarem polÃticas linguÃsticas inclusivas que respeitem as lÃnguas maternas e as culturas da população. Para materializar este trabalho e atingir o objetivo mencionado, realizamos pesquisa de revisão bibliográfica, em documentos impressos e digitais que se debruçam sobre os conceitos de polÃticas e planificação linguÃstica e sua importância na educação de um determinado paÃs. ConcluÃmos que para que uma polÃtica linguÃstica seja inclusiva é preciso valorizar as lÃnguas maternas e a cultura da população, seja português ou lÃnguas bantu, a partir de documentos fundamentais do paÃs como, por exemplo, a Constituição da República, definindo leis com uma polÃtica linguÃstica que valoriza tanto as lÃnguas faladas pela minoria, como as faladas pela maioria do paÃs.