O presente artigo tem como objetivo evidenciar a presença de escravos na região da Colônia de Santa Cruz (atual municÃpio de Santa Cruz do Sul) durante a segunda metade do século XIX. Partimos do processo-crime Nº 4776, de 1876, no qual o pardo Lucas, jornaleiro, escravo de Adão Schirmer, foi acusado como autor do homicÃdio da preta Maria, escrava de Jacob Graeff. Maria, quitandeira, residia na Vila de Santa Cruz. Também utilizamos como fontes os registros da Paróquia de Santa Cruz referentes aos batismos e óbitos de escravos e libertos entre os anos de 1861 e 1886. ConcluÃmos que, apesar de existirem leis provinciais e imperiais que proibiam aos colonos que possuÃssem cativos, não se sustenta a tese de que não haviam escravos na região em estudo. Pela documentação consultada foi possÃvel concluir que circularam escravos pela povoação, pela própria Colônia de Santa Cruz e em suas adjacências. Esses escravos não pertenciam a colonos, mas certamente a escravidão não foi estranha aos imigrantes que se estabeleceram pela região. A presente comunicação faz parte do projeto “Senhores, escravos e colonos: redes, conflitos e negociações no Vale do Rio Pardoâ€.
The present article has the objective of evidencing the presence of slaves in the region of the Colônia de Santa Cruz (known today as Santa Cruz do Sul) during the second half of the XIX century. Starting from the crime-process Nº 4776, of 1876, in wich the brown Lucas, daysman, slave of Adão Schirmer, was accused of the murderer of the black Maria, slave of Jacob Graeff. Maria, greengrocer, lived in the Vila de Santa Cruz. We also utilized as source the registers of the Paróquia de Santa Cruz referents of the baptisms and deaths of slaves and freed between the years of 1861 and 1886. Concluding that, besides the existence of provin-cial and imperial laws that prohibited the settlers from having slaves, it isn’t endurable the teases that wasn’t slaves living in the studied region. From the consulted documentation was possible to conclude that was slaves among the township, trough the Colônia de Santa Cruz itself and it’s surroundings. These slaves didn’t belonged to the settlers, but certainly the slav-ery wasn’t strange to the immigrants that settled although the region. The present communica-tion does part of the project “Senhores, escravos e colonos: redes, conflitos e negociações no Vale do Rio Pardoâ€.