Este ensaio tem o objetivo de discutir os conceitos de subjetividade e interioridade na Renascença. A problemática apresentada nesta pesquisa é de que ambos os conceitos não são intercambiáveis, pois representam noções distintas do fenômeno semelhantes em séculos diferentes: o espaço interior de sensações, emoções, sentimentos e identidade. O conceito de interioridade estava associado a uma percepção do espaço interior do sujeito nos séculos XVI e XVI. Era sempre comparado e definido a partir da noção das aparências fÃsicas e gestuais do sujeito, cujas formulações discursivas eram sempre pautadas no movimento perceptivo de fora para dentro do sujeito. Por outro lado, a subjetividade é um conceito moderno que surge a partir do século XIX cujas formulações discursivas partem do interior do sujeito, sem levar consideração as aparências fÃsicas e gestuais. Esta pesquisa é de cunho bibliográfico utilizando-se de alguns exemplos da obra do dramaturgo William Shakespeare. Como se observou, os conceitos de subjetividade e interioridade não são sinônimos, pois partem de pressupostos filosóficos e psicológicos distintos, além de permanecerem até a atualizada.