Neste artigo, a questão da subjetividade do imigrante tem um lugar fundamental, em virtude de ela exercer e sofrer os efeitos de sua integração ao novo paÃs ou ao lugar para onde se moveu e, por conseguinte, sua permanência nesse lugar ou sua volta ao lugar de origem. Interessa-nos a subjetividade do imigrante associada ao mundo virtual, visto que esse âmbito tem contribuÃdo para a (re)configuração subjetiva. Na virtualidade, chamamos a atenção para os diários virtuais, blogs, os quais se configuram como um lugar de se narrar, de se mostrar. Acreditamos que algumas narrativas em blog se relacionem a um exercÃcio de escrita de si, a qual é uma via para a construção da subjetividade, visto que essa escrita acontece a partir de narrativas de si. Estas narrativas podem indiciar um movimento de resistência. Nesse sentido, objetivamos verificar, a partir da análise de narrativas de um blog, como um imigrante angolano faz esse possÃvel movimento de resistência. No entanto, para este artigo, escolhemos uma narrativa para discutir os possÃveis indÃcios de resistência, materializados em elementos discursivos, que apontariam para os conflitos na subjetividade desse imigrante angolano.