Neste trabalho, refletimos sobre as relações lexicais que se estabelecem entre as anáforas indiretas e a fonte (ou âncora) a que essas expressões remetem. Adotamos o conceito de anáfora indireta proposto por Schwarz (2000) e ampliado por Marcuschi(2000), em que o fenômeno é visto como uma estratégia de ativação de referentes novos, não-correferenciais, ancorados em fontes fornecidas pelo cotexto precedente ou conseqüente. Nosso objetivo é analisar, a partir dos subtipos de anáfora associativa descritos por Kleiber (2001), alguns traços semânticos que autorizam as relações associativas.