Quem sabe/talvez: uma análise variacionista da modalidade epistêmica no português oral culto de Fortaleza
Revista do GELNE
Quem sabe/talvez: uma análise variacionista da modalidade epistêmica no português oral culto de Fortaleza
Autor Correspondente: K. E. N. SILVA, I. L. LUCENA | [email protected]
Palavras-chave: Variação, Modalidade Epistêmica, PORCUFORT
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Resumo Português:
Este artigo tem como objetivo observar a manifestação da modalidade epistêmica em termos de variação das marcas modalizadoras talvez e quem sabe em três tipos de inquéritos: Elocução Formal (EF), Diálogo entre Informante e Documentador (DID) e Diálogo entre Dois Informantes (D2), no PORCUFORT (Português Oral Culto de Fortaleza). Adotamos, como referencial teórico, a Teoria variacionista Laboviana, que diz ser a lÃngua um fenômeno condicionado por fatores linguÃsticos e sociais. Verificamos que o modalizador talvez constitui o item não-marcado (forma conservadora) e o quem sabe, o item marcado (forma inovadora). A análise quantitativa indica que o talvez expressa, com mais frequência, as noções de possibilidade/dúvida/incerteza relacionadas a fatos. O quem sabe, por outro lado, é usado para manifestar essas noções no âmbito da irrealidade (não-factualidade).