O conto “A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiroâ€, de Rubem Fonseca, revela uma construção onÃrica da cidade do Rio de Janeiro que, em certa medida, se assemelha à alegoria baudelairiana construÃda por Walter Benjamin. Para Benjamin, a Paris de Baudelaire se constituÃa como uma cidade no apogeu de seu esplendor e ao mesmo tempo em processo de decadência. De forma similar Rubem Fonseca constrói a cidade do Rio de Janeiro, uma metrópole onÃrica e decadente, onde figuras como a prostituta, o andarilho, e o flâneur ainda podem existir, sendo sua própria permanência um ato de resistência e transgressão.
The short story “A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro†by Rubem Fonseca reveals a dreamlike construction of the city of Rio de Janeiro that in some measure is similar to Baudelaire’s allegory by Walter Benjamin. For the author, the Paris of Baudelaire was a city in its climax of magnificence, but at the same time a city that was turning to its decay process. Similarly, Rubem Fonseca represents Rio de Janeiro as a dreamy and decadent metropolis, where figures such as the prostitute, the wanderer, and the flâneur can still exist, their own existence being an act of resistance and transgression.