Este artigo se debruça sobre a visão de alunos homoafetivos que ingressaram no Curso de Formação de Oficiais (CFO)
da PolÃcia Militar da Bahia. Assim, diante da evidente “dominação masculina†na realidade das casernas policiais e da
consequente naturalização de uma cultura institucional na qual o atributo “ser homem†fortalece valores belicistas, buscamos
compreender como se constitui a presença de alunos homoafetivos masculinos em um ambiente de formação
policial militar. Para tanto, aplicamos questionários com questões abertas, enviadas por e-mail. A partir das respostas
obtidas, constatamos uma situação contraditória: de um lado, temos a cultura da caserna policial militar voltada para o
preconceito contra alunos homoafetivos; por outro, tais alunos conformam-se às regras culturais encontradas no quartel
de formação, negando publicamente a dimensão sexual e afetiva de suas identidades para serem aceitos. Por fim,
descortina-se uma “hierarquia da invisibilidade†que leva esses indivÃduos a ocultarem seu autorreconhecimento.