Neste trabalho, analisamos oito cartas de amigos, trocadas por missivistas pernambucanos, em diferentes condições de produção, na primeira metade do século XX. Temos por objetivo identificar os elementos constitutivos que especificam o subgênero carta de amigo; verificar os modos de dizer que se configuram como Tradição Discursiva; por fim, refletir sobre a importância desse conteúdo para os estudos linguÃsticos em sala de aula, através de atividades que envolvam as propostas dos PCNs: o trabalho com gêneros textuais e a análise linguÃstica (AL). Para tanto, partimos das abordagens de Koch(1997), Oesterreicher (1997, 2006), Kabatek (2003, 2006), Souza (2012),
Longhin (2014), Lopes e Gomes (2016), Marcuschi (2011) e Bezerra & Reinaldo (2013). Os resultados da investigação evidenciam a relação de proximidade entre os interlocutores manifesta por meio dos recursos linguÃstico-discursivos utilizados; os modos de dizer tradicionais na composição das cartas de amigo; e as possibilidades de transposição dos dados analisados para o ensino.