Objetivo: descrever os aspectos epidemiológicos dos acidentes por picada de abelha africana e o manejo clÃnico diante desses eventos. Método: trata-se de um estudo exploratório, retrospectivo e do tipo misto, referente ao perÃodo de 2003 a 2014. A coleta de dados foi realizada em janeiro de 2015 no DATASUS, incluindo todos os estados brasileiros, e nas bases de dados da Bireme e PubMed. Resultados: as abelhas africanizadas possuem uma facilidade em se adaptar e sobreviver, assim se disseminam em locais novos que facilitam com o contato acidental com o homem tanto em ambiente urbano como rural. Os casos no paÃs aumentam anualmente e estão distribuÃdos em todos os estados da federação com maior incidência em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco. As manifestações clÃnicas estão associadas ao número de picadas e as caracterÃsticas imunológicas do indivÃduo, que podem variar desde manifestações locais e regionais a sistêmicas de diferentes nÃveis de gravidade. Até o momento, o tratamento realizado baseia-se em medidas de suporte clÃnico e uso de anti-histamÃnicos, adrenalina e glucorticoides, porém pesquisadores brasileiros já desenvolveram o soro especÃfico contra o veneno das abelhas africanizadas. Conclusão: enquanto não ocorre a comercialização do soro, as medidas preventivas devem ser implementadas e disseminadas entre os profissionais de saúde e população em geral, para que ocorra a busca precoce pela assistência e que as medidas de suporte clÃnico sejam realizadas adequadamente e de forma efetiva.