O filme A cidade é uma só? (2011), de Adirley Queirós, realizado através de edital para celebração dos 50 anos de BrasÃlia, contesta a utopia modernista difundida pelo discurso oficial sobre a construção e a história da capital. Neste artigo, analisamos o discurso utópico e urbanÃstico desenvolvido no cinejornal As primeiras imagens de BrasÃlia (1956), de Jean Manzon (que tem áudio remontado no filme de Adirley), e discutimos as imagens táticas elaboradas em A cidade é uma só?. No confronto contra os discursos das estratégias dos controles urbanos, o filme utiliza o desvio dos arquivos e a ficção documentária como formas de fabular a história e ir de encontro à narrativa teleológica do progresso.