Perfil de infecção urinária associada à taxa de glicemia alterada

REVISTA BRASILEIRA DE ANÁLISES CLÍNICAS

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ISSN: 24483877
Editor Chefe: Paulo Murillo Neufeld
Início Publicação: 30/06/2016
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Bioquímica, Área de Estudo: Farmacologia, Área de Estudo: Imunologia, Área de Estudo: Microbiologia, Área de Estudo: Parasitologia, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Multidisciplinar

Perfil de infecção urinária associada à taxa de glicemia alterada

Ano: 2016 | Volume: 48 | Número: 4
Autores: Renata Carneiro Ferreira, Caroline Espíndola de Barros, Ariane Leal Braga
Autor Correspondente: Ferreira R. C. , Barros C. E. , Braga A. L. | [email protected]

Palavras-chave: infecções no trato urinário, diabetes mellitus, hiperglicemia, idoso

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As infecções do trato urinário (ITU) são as mais frequentes entre a população, podendo ser comumente associadas ao diabetes mellitus e à hiperglicemia, fatores que podem favorecer o desenvolvimento das bactérias e comprometer o sistema imunitário. Essa associação entre diabetes e ITU é justificada pela neuropatia diabética, que leva a danos no sistema geniturinário. Variáveis como idade, tempo do diabetes e controle metabólico também estão relacionados com o risco de infecção nos pacientes diabéticos. Objetivos: Verificar a frequência de infecção urinária bacteriana nos pacientes com glicemia alterada, atendidos no Laboratório de Análises Clínicas (LAC). Métodos: Estudo analítico observacional do tipo retrospectivo, realizado no período de julho de 2012 a julho de 2014 com pacientes atendidos no Laboratório de Análises Clínicas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (LAC/PUC-GO), sendo analisados os prontuários dos mesmos. Resultados: Dos 5.352 pacientes que realizaram urocultura e glicemia de jejum ao mesmo tempo, 188 apresentaram ITU e glicemia alterada, sendo a maior prevalência em mulheres idosas. Eschericha coli foi o microrganismo encontrado com maior frequência, tanto em indivíduos diabéticos quanto nos não diabéticos, seguido por Staphylococcus spp. Conclusão: Os resultados apresentados demonstraram que não houve diferença significativa quanto à prevalência de ITU entre os pacientes diabéticos ou não diabéticos.



Resumo Inglês:

Urinary tract infection (UTI) are the most common among the population and may be commonly associated with diabetes mellitus and hyperglycemia, a factor that may favor the growth of bacteria and compromise the immune system. This association between diabetes and UTI is justified by diabetic neuropathy, which leads to damage in the genitourinary system. Variables such as age, duration of diabetes and metabolic control are also related to the risk of infection in diabetic patients. Objectives: To determine the frequency of bacterial urinary tract infection in patients with impaired glucose treated at the Clinical Analysis Laboratory (LAC). Methods: An observational analytical study of retrospective type. Accomplished from July 2012 to July 2014 with patients seen in the Clinical Laboratory of the Catholic University of Goiás (LAC/PUC-GO being analyzed urine samples, whole blood and serum. Results: Of the 5,352 patients who underwent urine culture and fasting glucose at the same time, 188 had ITU and altered glycemia, with the highest prevalence in older women. Eschericha coli was the microorganism found more frequently both in diabetics as in non-diabetics, followed by Staphylococcus spp. Conclusion: Our results showed no significant difference in the prevalence of UTI in diabetic or non-diabetic patients.