“Advogado de bandido”: uma genealogia das representações artísticas e literárias acerca dos defensores criminalistas

Revista Brasileira de Ciências Criminais

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ISSN: 14155400
Editor Chefe: Dr. André Nicolitt
Início Publicação: 30/11/1992
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

“Advogado de bandido”: uma genealogia das representações artísticas e literárias acerca dos defensores criminalistas

Ano: 2019 | Volume: 159 | Número: Especial
Autores: Diogo José Palmeira Acioli, Anabelle Santos Lages
Autor Correspondente: Diogo José Palmeira Acioli | [email protected]

Palavras-chave: Advogados criminalistas – Representações sociais – Direito de defesa – Preconceito.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Não causa espanto afirmar que as representações sociais dos advogados criminalistas não é a das mais favoráveis. São bastante conhecidas adjetivações como “advogado de porta de cadeia”, “advogado de bandido” ou “advogado do diabo”, retratando-os como pessoas desonestas, que se utilizam de expedientes fraudulentos para garantir a impunidade de seus clientes. Tais predicativos culminam na formação de discursos que criminalizam a atividade da advocacia criminal. Considerando que as manifestações artísticas ao mesmo tempo que refletem, impulsionam comportamentos sociais, o presente artigo objetiva fazer um exercício genealógico literário e cinematográfico para identificar os discursos que colocam em um mesmo patamar de rejeição o advogado criminalista e seu cliente, não raro, sumariamente prejulgado como criminoso.



Resumo Inglês:

It is not surprising to say that the social representations of criminal lawyers are not the most favorable. Adjectives such as “chain-door lawyer”, “bandit lawyer” or “devil’s advocate” are well-known, portraying them as dishonest people who use fraudulent files to ensure impunity for their clients. Such predicates culminate in the formation of discourses that criminalize the activity of criminal advocacy. Considering that the artistic manifestations at the same time that reflect, impel social behaviors, the present article aims to make a literary and cinematographic genealogical exercise to identify the discourses that put in the same level of rejection the criminal lawyer and his client, - just as a criminal.