“DA TERRA SAI UM CHEIRO BOM DE VIDA E NOSSOS PÉS A ELA ESTÃO LIGADOS”: amefricanizando o currículo

Revista Espaço do Currículo

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

“DA TERRA SAI UM CHEIRO BOM DE VIDA E NOSSOS PÉS A ELA ESTÃO LIGADOS”: amefricanizando o currículo

Ano: 2023 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: D. S. Reis
Autor Correspondente: D. S. Reis | [email protected]

Palavras-chave: amefricanidade, descolonização curricular, relações étnico-raciais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Trata-se, nessa intervenção, de mobilizar a categoria de “amefricanidade”, criada por Lélia Gonzalez, para reposicionar os debates sobre políticas curriculares e a produção dos currículos nos cotidianos de práticas educativas comprometidas com as lutas contra as desigualdades e discriminações raciais. A análise, que tem por esteio os processos de resistência à colonialidade em Améfrica Ladina e os enfrentamentos levados a cabo pelo Movimento Negro, desdobra as implicações da concepção amefricana do currículo, em consonância às Leis 10.639/03 e 11.645/08, tematizando limites, desafios e possibilidades decorrentes desse dispositivo jurídico e político-epistêmico. Busca-se, desse modo, refletir como a “descolonização dos currículos” impõe redimensionar o vocabulário, os imaginários e as práticas que se refletem em sua construção política, além do modelo parametrizado por categorias que não expressam a realidade dos territórios e das experiências dos sujeitos racializados na diáspora.



Resumo Inglês:

This paper seeks to mobilize the category of “Améfricanity”, created by LéliaGonzalez, to reposition the debates on curriculum policies and the production of curricula in everyday educational practices committed to the struggles against racial inequalities and discrimination. The analysis, which is based on the processes of resistance to coloniality in Améfrica Ladina and the confrontations carried out by the Black Movement, unfolds the implications of the African conception of the curriculum, in line with Laws 10.639/03 and 11.645/08, discussing the limits, challenges and possibilities arising from this legal and political-epistemic device. It seeks to reflect on how the “decolonization of curricula” imposes the need to resize the vocabulary, the imaginaries and the practices that are reflected in its political construction, beyondthe model parameterized by categories that do not express the reality of the territories and the experiences of racialized subjects in the diaspora.



Resumo Espanhol:

Este ensayo busca movilizar la categoría de “Améfricanidad”, creada por Lélia Gonzalez, para reposicionar los debates sobre las políticas curriculares y la producción de currículos en las prácticas educativas cotidianas comprometidas con las luchas contra las desigualdades raciales y la discriminación. El análisis, que se basa en los procesos de resistencia a la colonialidad en Améfrica Ladina y en las confrontaciones llevadas a cabo por el Movimiento Negro, despliega las implicaciones de la concepción africana del currículo, en consonancia con las Leyes 10.639/03 y 11.645/08, discutiendo los límites, desafíos y posibilidades que surgen de este dispositivo jurídico y político-epistémico. Busca reflexionar sobre cómo la “descolonización de los currículos” impone la necesidad de redimensionar el vocabulario, los imaginarios y las prácticas que se reflejan en su construcción política, más allá del modelo parametrizado por categorías que no expresan la realidad de los territorios y las experiencias de los sujetos racializados en la diáspora.