Em que medida mudar o entendimento do passado impacta sobre o futuro? Muito mais do que uma pergunta retórica, essa questão se coloca na ordem do dia. Em tempos de potentes deslocamentos no campo da educação, seja pela apresentação de novas políticas públicas no Brasil, como a BNCC, seja pelasprofundas reinvenções do próprio conceito de educação e pela emergência de um discurso oficial que repetidamente fragiliza a instituição escola e a figura do professor, ainda é possível falar de história na escola? E, se o tema é história, de qual história o currículo da educação básica está falando? Para esse ensaio, que busca refletir sobre o currículo de história contemporâneo na educação básica, abordam-se os limites e as possibilidades trazidas pela educação histórica, como também o potencial que ela apresenta de contribuir para uma história emancipatória e transformadora. Se, de um lado, estamos inseridos em um cenário de deslembrar, e, de outro, efetivamente se constitui como algo pertencente ao humano o desejo utópico de tentar consertar o impossível, torna-se cada vez mais relevante ressignificar o estudo do passado dentro da instituição escola. E, dessa forma, tornar a voltar os nossos olhos “de volta para o futuro”.
To what extent does changing understanding of the past impact on the future? Much more than a rhetorical question, this question is on the agenda. In times of potent displacement in the field of education, either by the presentation of new public policies in Brazil, such as the BNCC, or by the profound reinventions of the very concept of education and the emergence of an official discourse that repeatedly weakens the school institution and the figure of the teacher, is it still possible to talk about history at school? And if the subject is history, what story is the basic education curriculum talking about? This essay, which seeks to reflect on the contemporary history curriculum in basic education, addresses the limits and possibilities brought by historical education, as well as the potential that it presents to contribute to an emancipatory and transformative history. If, on the one hand, we are inserted in a scenario of dismemberment, and, on the other hand, the utopian desire to try to fix the impossible is constituted as something belonging to the human being, it becomes increasingly relevant to redefine the study of the past within school institution. And in this way, turn our eyes “back to the future”.
¿En qué medida el cambio de comprensión del pasado impacta en el futuro? Mucho más que una pregunta retórica, esta pregunta está en la agenda. En tiempos de potente desplazamientoen el campo de la educación, ya sea por la presentación de nuevas políticas públicas en Brasil, como el BNCC, o por las profundas reinvenciones del concepto mismo de educación y el surgimiento de un discurso oficial que debilita repetidamente la escuela. institución y la figura del docente, ¿todavía se puede hablar de historia en la escuela? Y si la asignatura es historia, ¿de qué historia habla el currículo de educación básica? Este ensayo, que busca reflexionar sobre el currículo de historia contemporánea en la educación básica, aborda los límites y posibilidades que trae la educación histórica, así como el potencial que presenta para contribuir a una historia emancipadora y transformadora. Si, por un lado, nos insertamos en un escenario de desmembramiento, y, por otro, el deseo utópico de intentar arreglar lo imposible se constituye como algo propio del ser humano, cobra cada vez más relevancia redefinir el estudio. del pasado dentro de la institución escolar. Y de esta forma, volver nuestra mirada “haciael futuro”.