“NA CASA DO SEU ZÉ” – MÚSICA E SEXUALIDADE NO COTIDIANO ESCOLAR

Revista Ibero-America de Estudos em Educação

Endereço:
Rodovia Araraquara-Jaú, km 1 - Caixa Postal 174 - Campos Ville
Araraquara / SP
14800-901
Site: http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/index
Telefone: (14) 9636-1312
ISSN: 1982-5587
Editor Chefe: José Luís Bizelli
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

“NA CASA DO SEU ZÉ” – MÚSICA E SEXUALIDADE NO COTIDIANO ESCOLAR

Ano: 2016 | Volume: 11 | Número: 1
Autores: Jose Carlos TEIXEIRA JUNIOR
Autor Correspondente: Jose Carlos TEIXEIRA JUNIOR | [email protected]

Palavras-chave: Narrativa. Funk. Sexualidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo propõe discutir algumas questões que atravessam a relação entre música e sexualidade no cotidiano de uma escola estadual carioca. Para tanto, pretendo realizar esta discussão seguindo uma trilha sugerida por Benjamin: a narrativa como uma faculdade (aparentemente inalienável, porém muitas vezes retirada de nós) de trocar experiências. Assumir este posicionamento justifica-se pelo fato de que a narrativa consiste em uma parte expressiva das complexas relações entre ética e estética. Narrar não significa transmitir o puro em si da coisa, como uma informação ou relatório, mas sim mergulhar a coisa na vida de quem relata, a fim de extraí-la outra vez dela. Em outras palavras, a música e a sexualidade discutidas nas próximas páginas não estão de forma alguma absolutizadas (nem relativizadas), mas sim mergulhadas nos encontros cotidianos que tecem a posição de professor-pesquisador em música. Assim, da ambivalência de uma prática de tocar (e ouvir) música na escola (mais especificamente os cantos sampleados em Beatbox do chamado funk-putaria) emerge tanto a normatividade de um estereótipo de pornografia como também as tensões de seus mais diferentes processos de subjetificação. Trata-se de processos que complexificam este mesmo estereótipo ao enunciar possibilidades de dialogar com a sexualidade para além de seus binarismos.