“O médico não acreditou que eu tivesse contaminada”: gênero e relação médico-paciente na experiência da Aids

Revista Nupem

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ISSN: 2176-7912
Editor Chefe: Frank Antonio Mezzomo
Início Publicação: 31/07/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

“O médico não acreditou que eu tivesse contaminada”: gênero e relação médico-paciente na experiência da Aids

Ano: 2021 | Volume: 13 | Número: 29
Autores: Eliza da Silva Vianna
Autor Correspondente: Frank Mezzomo | [email protected]

Palavras-chave: História das doenças, HIV/Aids, gênero

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo tem como objetivo analisar a relação médico-paciente na experiência narrada da soroposi-tividade na autobiografia “Depois daquela viagem”, de Valéria Piassa Polizzi (1997). Minha hipótese central é de que o enfrentamento do diagnóstico e a elaboração da experiência com a Aids foi mediada e influenciada pela relação de poder entre os médicos e a paciente. Nesse sentido, ganham relevo os estigmas e a moralidade presentes na representação social da Aids desde os primeiros anos da epidemia, bem como alguns elementos historicamen-te associados ao gênero feminino.



Resumo Inglês:

The article aims to analyze the doctor-patient relationship in the narrated experience of seropositivity in the autobiography “Depois daquela viagem”, by Valéria Piassa Polizzi (1997). My central hypothesis is that coping with the diagnosis and developing the AIDS experience was mediated and influenced by the power relations between the doctors and the patient. In this regard, the stigmas and morality present in the social representation of AIDS since the early years of the epidemic, as well as some elements historically associated with the female gender, gain prominence.



Resumo Espanhol:

El artículo tiene como objetivo analizar la relación médico-paciente en la experiencia narrada de la seropositividad en la autobiografía ¿Por qué a mí?, de Valéria Piassa Polizzi (1997). Mi hipótesis central es que la confrontación del diagnóstico y la elaboración de la experiencia con el SIDA fue mediada e influenciada por la relación de poder entre los médicos y el paciente. En este sentido, se destaca el estigma y la moralidad presentes en la representación social del SIDA desde los primeros años de la epidemia, así como algunos elementos asociados históricamente con el género femenino.