O Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho de Goiânia –Goiás tem sido objeto de empreendimentos científico-historiográficos pontuais entre os quais se destacam as abordagens de Paula, Rego Santos e Barreto. Todos eles reconhecem que os limites de seus próprios recortes foram impostos pelas dificuldades de acesso aos arquivos (prontuários, atas, relatórios etc.) dessa instituição extinta. Diante de todas essas pesquisas, o que se pode ver é ainda um conjunto de rastros que podem ser explorados. Seguindo esses rastros o objetivo deste trabalho é analisar como essa instituição é representada no período da Ditadura Empresarial Militar em relação ao debate sobre os Direitos Humanos. Metodologicamente, trata-se de analisar como a partir das fontes pode-se observar a negação dos direitos humanos uma vez que tanto os pacientes quanto o manicômio foram abandonados e empobrecidos. A fonte utilizada são as matérias do jornal Correio Braziliense, do período entre 1964-1984, que mostram como essa instituição se tornou um local praticamente abandonado e cuja função era basicamente o internamento dos pobres, posição contrária às disposições dos direitos humanos.