A educação brasileira para estudantes com deficiência foi marcada por processosde exclusão pautados em modelosestigmatizantesde compreensão da deficiência. O objetivo desta pesquisafoianalisar os discursos de pessoas com deficiência acerca do seu acesso e permanência ao ensino superior. Foi uma pesquisa de abordagem qualitativa. As informações foram obtidas por meio de entrevistasnarrativas com 16 participantese diário de campoe analisadas a partir da análise de discurso na perspectiva da psicologia histórico-cultural. Os resultados apontam para a presença de barreiras no acesso e permanência na graduação e especialmente napós-graduaçãoe para a intersecção da deficiência com raça e classe como um importante elemento a ser considerado pelas políticas públicasde inclusão.
Brazilian education for students with disabilities has historically been characterized by an exclusionary process rooted in stigmatizing models of disability. This research aims to analyze the discourse of people with disabilities about their access and permanence in higher education. Employing a qualitative approach, the study utilized narratives interview with 16 participants. Theanalysis was based on discourse analysis from the historical-cultural psychologyperspective.The results point to the presence of barriers to accessingand remaining in undergraduateand particularly,in graduate programs. Additionally, markers of difference, such as race and class, continue to impact university access, emphasizing the necessity for public policiesconsidering these aspects.
La educación brasileña para estudiantes con discapacidad la marcó un proceso de exclusión basado en modelos estigmatizantes de comprensión de la discapacidad. El objetivo de esta investigación es analizar los discursos de las personas con discapacidad sobre su acceso y permanencia en la enseñanza superior. Una investigación con enfoque cualitativo que utilizó entrevistas narrativas con 16 participantes y un diario de campo y el análisis del discurso desde la perspectiva de la psicología histórico-cultural. Los resultados apuntan a barreras de acceso y permanencia en la graduación y especialmente en el posgrado, y por la intersección de la discapacidad con la raza y la clase como un elemento importante a ser considerado por las políticas públicas de inclusión.