Este artigo aborda a persistência da violência simbólica no contexto educacional, fundamentando-se na teoria bourdiana e explorando as práticas docentes relacionadas à adaptação curricular para estudantes com deficiência intelectual. A pesquisa adota uma abordagem bibliográfica qualitativa, analisando o pensamento de Pierre Bourdieu e de outros autores, além de documentos legais, como a Lei de Diretrizes e Bases n.º 9.394/1996 e diretrizes para a Educação Especial. Os resultados revelam avanços nas políticas de inclusão, mas destacam desafios na formação docente e na adaptação curricular. A análise da literatura evidencia manifestações de violência simbólica, como a atribuição exclusiva de responsabilidades ao profissional de apoio à inclusão e práticas curriculares inflexíveis. A negação dessas realidades perpetua o fenômeno. Diante disso, ressalta-se a necessidade de intervenções sensíveis para promover uma cultura escolar inclusiva, reconhecendo a diversidade e as singularidades dos estudantes. A flexibilização curricular, a atenção às diferenças e a formação continuada emergem como elementos transformadores, destacando a importância do diálogo e da cooperação entre os diversos agentes educacionais. O artigo aponta para a urgência de promover mudanças na prática educativa e na estrutura das escolas, reconhecendo a autonomia docente como peça fundamental na construção de uma educação mais equitativa e inclusiva.
This article addresses the persistence of symbolic violence in the educational context, drawing on Bourdian theory and exploring teaching practices related to curriculum adaptation for students with intellectual disabilities. The research adopts a qualitative bibliographic approach, analyzing the thoughts of Pierre Bourdieu and other authors, as well as legal documents such as the Law of Guidelines and Bases No. 9,394/1996 and guidelines for Special Education. The results reveal advancements in inclusion policies but underscore challenges in teacher training and curriculum adaptation. The literature analysis highlights manifestations of symbolic violence, such as the exclusive assignment of responsibilities to inclusion support professionals and inflexible curriculum practices. The denial of these realities perpetuates the phenomenon. Therefore, the need for sensitive interventions to promote an inclusive school culture is emphasized, recognizing the diversity and uniqueness of students. Curriculum flexibility, attention to differences, and ongoing training emerge as transformative elements, underscoring the importance of dialogue and cooperation among various educational stakeholders. The article underscores the urgency of making changes in educational practices and school structures, recognizing teacher autonomy as a fundamental piece in constructing a more equitable and inclusive education.
