A aflatoxina M1 (AFM1) tem sido detectada em leite de animais alimentados com ração contaminada por aflatoxina B1
(AFB1), possuindo efeitos tóxicos e carcinogênicos muito próximos. Constitui-se um problema de Saúde Pública, pois sua toxidez
é preocupante, quando os indivÃduos mais jovens estão entre os maiores consumidores de leite e estes são os mais sensÃveis a
seus efeitos. O objetivo deste trabalho foi determinar a presença de aflatoxinas em alimentos destinados a bovinos e de AFM1 em
amostras de leite cru e após pasteurização. Trabalhou-se inicialmente com 12 produtores de leite, permanecendo apenas 2 produtores
que apresentavam valores significativos de aflatoxina M1. A coleta de leite foi realizada 24 h após a coleta do alimento. O
método utilizado para a detecção de aflatoxinas no alimento foi a cromatografia em camada delgada. A determinação de AFM1
em leite foi realizada empregando-se coluna de imunoafinidade para a purificação e detecção por cromatografia lÃquida de alta
eficiência em fase reversa. Não foram detectadas aflatoxinas nas amostras de ração. Entretanto, detectou-se AFM1 em 19 (52,8%)
das 36 amostras de leite cru, em valores que variaram de traços a 74,1 ng L-1. Em leite pasteurizado, a AFM1 foi detectada em 13
(38,2%) das 34 amostras, em nÃveis que variaram desde traços a 58,9 ng L-1. Os valores encontrados de aflatoxina no leite estão
dentro dos padrões tolerados pela legislação brasileira. As concentrações de aflatoxina nos leites cru e pasteurizado não diferiram
entre si (p>0,05). O fato de não se ter detectado aflatoxinas na ração pode ser explicado pela sua ocorrência em baixas concentrações,
isto é, inferiores ao limite de detecção do método utilizado (2 μg/Kg), o que não impediria o aparecimento da AFM1 no
leite e a detecção mediante metodologia mais sensÃvel (2 ng/L).
The M1 (AFM1) aflatoxin has been detected in milk from animal fed with aflatoxin B1 (AFB1) contaminated ration,
with close toxic and carcinogenic effects. This is a potential a health public problem, because young individuals are among the
greater milk consumers and more sensible to their effects. This study was developed to determine the aflatoxins presence in
ration and AFM1 in raw and pasteurized milk. Twelve milk producers were used, and only two presented significant aflatoxin M1
values in milk. Milk samples were taken 24 hours after the collection of the ration. The method used for the aflatoxins detection
was a thin layer in silica 60 G chromatography. For determination of AFM1 in milk, the immunoafinity column method was used
for purification, with subsequent detection by reverse phase HPLC. The aflatoxins were not detected in ration samples, with the
quantification limit being 2 μg Kg-1. In milk samples, where the quantification limit was much lower (2 ng L-1), AFM1 was detected
in 19 (52,8%) from 36 raw milk samples in trace values of about 74.1 ng L-1. In pasteurized milk, the AFM1 was detected in 13
(38.2%) from 34 samples, in trace values of about 58.9 ng L-1. The aflatoxin concentrations found are within tolerated standard
according to Brazilian legislation. There was no difference among the aflatoxin concentration in raw and pasteurized milk.