AFROINFÂNCIA entre o cotidiano da escola e as redes sociais
Revista Espaço do Currículo
AFROINFÂNCIA entre o cotidiano da escola e as redes sociais
Autor Correspondente: Caroline de Jesus (Carol Adesewa) | [email protected]
Palavras-chave: afrocentricidade; educação infantil; currículo; redes sociais; narrativas.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O presente artigo narra a experiência do projeto Afroinfância, que se fundamenta nas ideias de Molefi Kete Asante sobre o paradigma da afrocentricidade. O projeto Afroinfância busca reescrever a narrativa da história da África e se aproximar das tecnologias africanas de educação. Por meio das redes sociais, o projeto desafia as práticas curriculares tradicionais e influencia a formação de professores, incentivando-os a repensarem suas abordagens educativas para melhor atender às necessidades das crianças negras. Assim, o artigo busca apresentar as narrativas de professoras que, em contato com o projeto, refletem sobre processos educativos incorporando princípios curriculares fundamentados no paradigma afrocêntrico, principalmente na Educação Infantil. O Afroinfância destaca a importância de uma educação que não apenas identifique o racismo, mas também valorize as contribuições africanas para a humanidade e, consequentemente, o pensar e fazer educação. Em suma, o Afroinfância posiciona-se como um espaço formativo virtual importante para repensar e promover fissuras dentro do currículo da Educação Infantil, partindo das experiências africanas e afro-diaspóricas para construir um outro modelo de educação, não hegemônico
Resumo Inglês:
The paper presents the Afroinfância [Afrochildhood] project, which is grounded in Molefi Kete Asante’s ideas in line with the Afrocentricity paradigm. The Afroinfância project seeks to rewrite the narrative of African history and to embrace African educational technologies. Through social media, the project challenges traditional curriculum practices and influences teacher training, encouraging teachers to rethink their educational approaches to better meet the needs of black children. Thus, this paper aims to present the narratives of teachers who, as a result of the project, reflect on their educational processes by incorporating curriculum principles structured by the Afrocentric paradigm, particularly in Early Childhood Education. Afroinfância highlights the importance of an education that not only identifies racism but also values African contributions to humanity and, consequently, to how education is conceived and practiced. In sum, Afroinfância positions itself as an important virtual formative space to rethink and promote ruptures within the Early Childhood Education curriculum, with African and Afro-diasporic experiences as the core components of another, non-hegemonic educational model.
Resumo Espanhol:
El presente artículo narra la experiencia del proyecto Afroinfancia, que se fundamenta en las ideas de Molefi Kete Asante sobre el paradigma de la afrocentricidad. El proyecto Afroinfancia busca reescribir la narrativa de la historia de África y acercarse a las tecnologías africanas de educación. A través de las redes sociales, el proyecto desafía las prácticas curriculares tradicionales e influye en la formación de profesores, incentivándolos a repensar sus enfoques educativos para mejor atender las necesidades de los niños negros. Así, el artículo presenta las narrativas de profesoras que, en contacto con el proyecto, reflexionan sobre procesos educativos incorporando principios curriculares fundamentados en el paradigma afrocentrista, principalmente en la Educación Infantil. Afroinfancia destaca la importancia de una educación que no solo identifique el racismo, sino que también valore las contribuciones africanas a la humanidad y, consecuentemente, el pensamiento y la práctica educativa. En suma, Afroinfancia se posiciona como un espacio formativo virtual importante para repensar y promover fisuras dentro del currículo de la Educación Infantil, centrando las experiencias africanas y afro-diaspóricas para construir otro modelo de educación, no hegemónico.