O presente estudo tem como objetivo geral analisar as atribuições destinadas às aias, governantas e preceptoras, assim denominadas as mulheres que se encarregavam da educação de crianças da aristocracia, no século XIX. Em um plano mais específico, pretende-se fazer uma distinção da nomenclatura em sua tradução para o português, comparando a utilização dos termos conforme a função ocupada. No que tange aos aspectos metodológicos, o estudo remonta a uma pesquisa histórico-documental que tem como fontes principais os manuscritos elaborados pelos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II, sobre as atribuições das aias de suas filhas, documentos cujos originais se encontram no Arquivo do Museu Imperial em Petrópolis. A análise dos documentos evidencia as funções de aias, governantas e preceptoras como um dos únicos ofícios permitidos às mulheres naquele tempo e contexto, bem como envoltos em uma linha tênue entre simples empregadas e cortesãs muito próximas aos espaços de poder da aristocracia.
The present study aims to analyze in a broad perspective, the attributions of “A y a s ”, governesses and preceptors, as these women who oversaw the aristocracy children’s education were called in the 19th century. In a more specific frame, it is intended to establish a distinction of nomenclatures in their translations into Portuguese, when comparing the use of these words according to each of their functions. Concerning the methodological aspects, the study goes back to a historical-documentary research that has as main source, the manuscripts drawn up by the emperors D. Pedro I and D. Pedro II, on the duties of their daughters’ “Ayas”. The original documents are found at the Imperial Museum archives in Petropolis (RJ – Brazil). The analysis of these documents highlights the assignments given to “Ayas”, Governesses, and Tutors, as these were regarded as one of the few crafts which women were allowed to have at that time and in that context, thus drawing a fine line between simple servants and courtesans who were close to the aristocracy’s power spaces.
El presente estudio tiene como objetivo general analizar las atribuciones destinadas a las ayas, institutrices y preceptoras, las llamadas mujeres encargadas de la educación de los hijos de la aristocracia en el siglo XIX. En un plano más específico, se pretende hacer una distinción de la nomenclatura en su traducción al portugués, comparando el uso de términos conforme a la función ocupada. En cuanto a los aspectos metodológicos, el estudio se remonta a una investigación histórico-documental en la que se utilizan como fuentes principales los manuscritos elaborados por los emperadores D. Pedro I y D. Pedro II, sobre los deberes de las doncellas de sus hijas, documentos cuyos originales se encuentran en el Archivo del Museo Imperial de Petrópolis. El análisis de los documentos destaca las funciones de sirvientas, amas de casa y preceptoras, como uno de los únicos trabajos permitidos a las mujeres en esa época y contexto, envueltos en una fina línea entre sirvientas sencillas y cortesanas muy cercanas a los espacios de poder de la aristocracia.