A inclusão de estudantes com Deficiência Visual – DV exige abordagens didáticas que ultrapassem as fronteiras visuais tradicionais. Assim, nosso objetivo com este trabalho é propor uma Sequência Didática – SD inclusiva, segmentada em três etapas, utilizando materiais acessíveis para alunos com e sem DV, como aporte para uma experiência sensorial inclusiva acerca do conteúdo de substâncias e misturas. Propomos que a SD seja desenvolvida em turmas de 1º ano do Ensino Médio. A SD deverá ser mediada pelo professor e pela utilização de Recursos Pedagógicos Acessíveis – RPA, com a turma organizada em grupos para estimular a colaboração entre os estudantes. Conforme a defectologia Vygotskyana, o desenvolvimento alunos com DV é impulsionado pelas interações sociais que vivenciam e por meio da linguagem eles podem ampliar seu repertório de referências visuais e atribuir significado a elas. Esta SD possui potencial para tornar a prática de professores de Química mais inclusiva, bem como sua configuração colaborativa pode melhorar a compreensão dos conceitos entre os estudantes com e sem DV e ainda promover maior interação entre todos os alunos. Destacamos a importância de desenvolver estratégias de ensino que promovam a inclusão e a equidade, garantindo que todos os estudantes tenham pleno acesso ao conhecimento.
The inclusion of students with visual impairments (VI) requires teaching approaches that go beyond traditional visual boundaries. Thus, our aim with this work is to propose an inclusive Didactic Sequence (DS), segmented into three stages, using accessible materials for students with and without VI, as a support for an inclusive sensory experience about the content of substances and mixtures. We propose that the DS be developed in 1st year high school classes. The DS should be mediated by the teacher and by the use of Accessible Pedagogical Resources (APR), with the class organized into groups to encourage collaboration between students. According to Vygotsky's defectology, the development of students with VI is driven by the social interactions they experience and through language they can expand their repertoire of visual references and attribute meaning to them. This DS has the potential to make the practice of chemistry teachers more inclusive, and its collaborative configuration can improve the understanding of concepts between students with and without VI and promote greater interaction between all students. We highlight the importance of developing teaching strategies that promote inclusion and equity, ensuring that all students have full access to knowledge.
La inclusión de alumnos con discapacidad visual (DV) requiere enfoques didácticos que superen los límites visuales tradicionales. Así, nuestro objetivo con este trabajo es proponer una Secuencia Didáctica (SD) inclusiva, segmentada en tres etapas, utilizando materiales accesibles para alumnos con y sin DV, como apoyo a una experiencia sensorial inclusiva sobre el contenido de sustancias y mezclas. Proponemos que la SD se desarrolle en las clases de 1º de ESO. La SD debe estar mediada por el profesor y el uso de Recursos Pedagógicos Accesibles (RPA), con la clase organizada en grupos para fomentar la colaboración entre los alumnos. Según la defectología de Vygotsky, el desarrollo de los alumnos con VI está impulsado por las interacciones sociales que experimentan y, a través del lenguaje, pueden ampliar su repertorio de referencias visuales y asignarles significado. Este SD tiene el potencial de hacer más inclusiva la práctica de los profesores de química, y su configuración colaborativa puede mejorar la comprensión de conceptos entre alumnos con y sin DV y promover una mayor interacción entre todos los alumnos. Destacamos la importancia de desarrollar estrategias de enseñanza que promuevan la inclusión y la equidad, garantizando que todos los estudiantes tengan pleno acceso al conocimiento.