Alteridade na prisão: a extensão universitária e a não-violência do rosto

Revista Nupem

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ISSN: 2176-7912
Editor Chefe: Frank Antonio Mezzomo
Início Publicação: 31/07/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Alteridade na prisão: a extensão universitária e a não-violência do rosto

Ano: 2023 | Volume: 15 | Número: 35
Autores: Regiane Cristina Tonatto, Denise Rosana da Silva Moraes
Autor Correspondente: Frank Antonio Mezzomo | [email protected]

Palavras-chave: Não-violência, Extensão universitária, Responsabilidade, Alteridade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho faz parte de um estudo sobre alteridade na visão de quem decide afetar-se com outras realidades, de ordem social, por meio de ações extensionistas, que abrangem a pesquisa e o ensino, focando na importância da responsabilidade ética, da ação reflexiva intencional e da prática dialógica. Tendo como suporte teórico de interpretação a fenômenologia, a qual traz elementos da Filosofia da Alteridade, de Emmanuel Levinas (1906-1995), atrelados à reflexão sobre as práticas de alteridade vivenciadas nos círculos em movimento na Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu, no Paraná. Diante desse contexto, é possível responder se a extensão universitária promove a oportunidade de acessar o desconhecido e se, durante esse processo, preocupa-se com a não-violência dos rostos que habitam aquele outro lugar. A partir dessa questão central, a pesquisa busca evidenciar a relação com outrem como uma atitude ética e justa. Como resultado, podemos afirmar que a responsabilidade pelo “acolher”, por meio da ação, pertence a quem escolheu ver o rosto de outrem como ensejo à transcendência do Ser.



Resumo Inglês:

This work is part of a study on alterity in the view of those who decide to affect themselves with other social realities through extensionist actions, focusing on the importance of ethical responsibility, intentional reflective action and dialogic practice. With phenomenology as a theoretical support for interpretation, it brings elements from the Philosophy of Alterity, by Emmanuel Levinas (1906-1995), linked to the reflection on the practices of alterity experienced in the peace-making circles held at the Foz do Iguaçu Women’s Penitentiary, in Paraná. In this context, it is possible to answer whether university extension promotes the opportunity to access the unknown and whether, during this process, it is concerned with the non-violence of the faces that inhabit that other place. Based on this central question, this research seeks to highlight the relationship with others as an ethical and fair attitude. As a result, we can say that the responsibility for “welcoming” the other through action lies with those who chose to see in the face of the other an opportunity for transcendence of the Being.



Resumo Espanhol:

Este trabajo forma parte de un estudio sobre la alteridad en la mirada de quien decide afectarse con otras realidades a través de acciones extensionistas, centrándose en la importancia de la responsabilidad ética, la acción reflexiva intencional y la práctica dialógica. Utilizando la fenomenología como soporte teórico para la interpretación, trae elementos de la Filosofía de la alteridad, de Emmanuel Levinas (1906-1995), vinculados a la reflexión sobre las prácticas de alteridad vividas en los círculos móviles realizados en la Penitenciaría de Mujeres de Foz do Iguazú, Paraná. Se busca responder si la extensión universitaria, oportunidad de acceder a lo desconocido, debe preocuparse por la no violencia de los Rostros que habitan ese otro lugar. A partir de esta pregunta central, se busca resaltar la relación con el otro como una actitud ética y justa. Así, podemos decir que la responsabilidad de acoger al otro a través de la acción recae en quien eligió ver en el Rostro del Otro una oportunidad de trascendencia del Ser.