Este estudo procurou responder à questão: de que forma a análise dos indicadores sociais, obtidos por meio do Censo da Educação Básica, contribui para a compreensão da inserção de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) na Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM)? Para responder à problemática proposta recorremos aos microdados do Censo da Educação Básica, no período de 2009 a 2013. Como resultados, encontramos que houve aumento nas matrículas de alunos com NEE na EPTNM na ordem de 170,71%. Porém, quando comparamos ao número total de matrículas, os alunos com NEE não representam nem 1% do total de matrículas de cada ano. No cotejamento com os dados do Censo Demográfico do ano de 2010, em relação à população jovem (15-19 anos) com deficiência, apenas 0,33% tem acesso à EPTNM. Concluímos que o acesso à educação profissional é ainda mais limitado à população com deficiência, apesar do crescente aumento de matrículas impulsionadas pelas políticas públicas de fortalecimento da educação profissional propostas pelo Governo Federal.