Alunos e alunas da educação de jovens e adultos e a matemática escolar: desafios na constituição das redes de significação
Ano: 2009 | Volume: 6 | Número: 7
Autores: Viviane Ribeiro de Souza Cabral, Maria da Conceição Ferreira Reis Fonseca Autor Correspondente: Viviane Ribeiro de Souza Cabral | [email protected]
Palavras-chave: educação de jovens e adultos (EJA), educação matemática, sentido e significado, interações na sala de aula, práticas de numeramento
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Neste artigo, analisam-se os enunciados recorrentemente proferidos por alunos e alunas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), quando confrontados com a abordagem escolar da matemática. Nessa análise, desnaturalizando tais enunciados, discute-se a força da ideologia que neles ecoa, a qual define os modos como alunos e alunas da EJA se posicionam diante da matemática e de seu aprendizado escolar, e que interfere na urdidura das redes de significação que podem ser tecidas nos processos de ensinoeaprendizagem de matemática nesse contexto. Tal desnaturalização parece decisiva para a proposição de alternativas para a Educação Matemática de Jovens e Adultos que confiram a educadores e educandos o papel de sujeitos desses processos.
Resumo Inglês:
In this article, we examine the statements repeatedlymade by students of Education
of youth and Adults (EJA), when confronted with the approach to mathematics
education. In this analysis, by denaturalizing these statements, we discuss the
power of ideology that echoes within them, which defines the ways in which
the students of the EJA position themselves in relation to mathematics and their
school learning, and which interferes with the warp of the networks of meaning
that can be woven in mathematics teaching and learning in this context. This
denaturalization seems crucial to the proposal of alternatives for Mathematics
Education of youth and Adults that give educators and students the role of agents
in these processes.
Resumo Francês:
L’article analyse les énoncés dits par les élèves (filles et garçons) de l’éducation
des jeunes et des adultes (EJA) lorsqu’ils sont confrontés à l’étude des mathématiques. L’analyse faite ici discute la force de l’idéologie qui définit ces énoncés tout
en les dénaturalisant. Cette idéologie détermine la façon dont les élèves (filles et
garçons) de la EJA s’y prennent avec les mathématiques et son apprentissage; une
telle idéologie agirait sur les réseaux de signification susceptibles d’être formés
pendant les processus d’enseignement et d’apprentissage des mathématiques.
Cette dénaturalisation semble être décisive en ce qui concerne la proposition
d’alternatives à l’éducation Mathématique des jeunes et des adultes qui attribuent
aux éducateurs et aux élèves les rôles de sujet dans ce processus.