APONTAMENTOS SOBRE CRIME, DIREITO PENAL E PAUPERISMO EM MARX

Revista Brasileira de Ciências Criminais

Endereço:
Rua Onze de Agosto, 52 - 2º Andar - Centro - Centro
São Paulo / SP
01018-010
Site: http://www.ibccrim.org.br/
Telefone: (11) 3111-1040
ISSN: 14155400
Editor Chefe: Dr. André Nicolitt
Início Publicação: 30/11/1992
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

APONTAMENTOS SOBRE CRIME, DIREITO PENAL E PAUPERISMO EM MARX

Ano: 2021 | Volume: Especial | Número: Especial
Autores: Vitor Bartoletti Sartori e Nayara Rodrigues Medrado
Autor Correspondente: Vitor Bartoletti Sartori e Nayara Rodrigues Medrado | [email protected]

Palavras-chave: Crime – Direito Penal – Marx – Pauperismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir do que o filósofo brasileiro José Chasin chamou de análise imanente, o artigo busca trazer as contribuições dos estudos de Marx para o tratamento de temas relacionados ao crime e à punição. Com amparo em textos marxianos pouco tratados no interior da literatura criminológica, aborda a relação entre etiquetamento e reconhecimento oficial do fato, entre crime e individualidade, entre liberdade e necessidade, entre lumpen, exército industrial de reserva e encarceramento e entre processos de criminalização e organização da classe trabalhadora. Analisa, também, a crítica de Marx às teorias tradicionais da pena em meio ao diálogo com o idealismo alemão e a uma crítica não moral à moralidade burguesa. Aponta, com isso, como um retorno a Marx pode oferecer uma gama de análises para além daquelas de que a Criminologia Crítica se apropriou, e fornecer pistas interessantes para alguns dos dilemas criminológicos de nosso tempo.



Resumo Inglês:

Based on what José Chasin referred to as “immanent analysis”, the present paper intends to bring the Marx contributions to themes related to crime and punishment. Developing on marxian texts rarely treated within the criminological literature, it adresses the relationship between labelling and official acknowledgment of the fact, crime and individuality, freedom and necessity, between lumpen, reserve army and encarceration and between processes of criminalization and organization of the working class. It also analyzes Marx’s critique of traditional theories of punishment amid dialogue with German Idealism and a non-moral critique of bourgeois morality. It thus points out how a return to Marx can offer a range of analyzes in addition to those that Critical Criminology has appropriated, and provide interesting clues to some of the criminological dilemmas of our time.