O artigo examina, em primeiro lugar, as implicações cognitivas e interâ€relacionais da adoção de maneiras de pensar e de interagir com o mundo diferentes das governadas pelo paradigma reducionistaâ€disjuntivo de matriz cartesiana dominante no Ocidente e, como conseqüência primeiro da colonização e sucessivamente de uma mundialização unilateral, também em boa parte do planeta. Em seguida, esboça alguns princÃpios para uma possÃvel reforma educacional em direção a pedagogias transculturais que não favoreçam apenas a
manifestação das diversas maneiras de pensar o mundo e de viver presentes na sociedade, mas reformulem os currÃculos e as práticas educativas à luz de estratégias polifônicas de produção de conhecimento e de interação com nós mesmos, com os outros e com o mundo. Por último, reconstrói algumas experiências de pedagogia transcultural praticadas pelo autor na perspectiva da ecologia integral, extraindo algumas conclusões das vivências relatadas e das reflexões desenvolvidas ao longo do trabalho.