Artes e Educação do Campo: Emancipação, Diversidade e Pedagogias Outras

Revista Brasileira de Educação do Campo

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ISSN: 25254863
Editor Chefe: Gustavo Cunha de Araujo
Início Publicação: 31/07/2016
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Artes e Educação do Campo: Emancipação, Diversidade e Pedagogias Outras

Ano: 2021 | Volume: 6 | Número: Não se aplica
Autores: C. F. Miranda, A. Brasil, C. L. Prudente
Autor Correspondente: C. F. Miranda | [email protected]

Palavras-chave: Educação do campo, emancipação, diversidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este dossiê internacional centralizado na temática Artes e Educação do Campo: Emancipação, Diversidade e Pedagogias Outras traz a reflexão da multidimensionalidade das Artes na dinâmica da Educação do Campo e da Educação Popular. É oportunizado à leitura um fórum de debate que reúne quinze reflexões feitas por pesquisadores, pesquisadoras e articulistas acadêmicos de dezenove universidades, sendo cinco instituições acadêmicas estrangeiras e vinte e nove universidades públicas brasileiras, as quais concorreram pela construção de um painel que ilustra acuidade científica na discussão da filotecnia, demandada por pedagogias outras. Com o viés da emancipação e da diversidade, indicam a emergência de novas epistemologias, que inscrevem a afirmação das minorias frente à crise da hegemonia eurocaucasiana.  Esse quadro é reflexo do dinamismo universitário, que diante da crise sanitária mundial em decorrência da pandemia do Sars-Cov-2, com os cuidados da Organização Mundial da Saúde (OMS), não parou com a produção de conhecimento. Isso ocorrendo em decorrência da necessidade do tratamento remoto nos processos de ensino, de aprendizagem e de trabalho. De tal sorte que o imprescindível aparato da tecnologia de informação evidenciou, ainda mais, a desigualdade, cristalizando, em meio de tantas possibilidades de comunicação, o controle que as ferramentas da tecnologia da informação impõem. Na era do conhecimento, as minorias vulneráveis ganharam mais estofo para suas emergências afirmativas. Pois, nessa era, o preconceituoso encontra mais torturo para sua ação, que já é considerada anacrônica. Considerando o conhecimento, que é estrutural na tecnologia da informação, é também por natureza antitético ao preconceito. Isso evidenciou o anacronismo que é estruturante na exclusão, sendo uma patologia cuja enfermidade no tecido social configura a ignorância, travando a possibilidade de desenvolvimento, sobretudo no âmbito da multiplicidade dos saberes, que aprofunda as relações humanas. Caracterizando, assim, uma ação patológica que tem tentado desarticular as epistemologias emergentes, que têm encontrado na Música, no Teatro, no Cinema e nas Artes Visuais, um campo de resistência e de luta de afirmação de sua axiologia, a qual é contrária ao valor hegemônico do caucasianismo da europeidade ocidental. É necessário romper com a história única, que é o principal vírus na violenta doença da hegemonia ocidental. É nessa linha de abordagem, que se situa a discussão no viés do respeito à diversidade, e à biodiversidade, que já era consagrada na cosmovisão primogênita da ancestralidade dos diversos, tais como: ibéricos, asiáticos, africanos e ameríndios, que foram vítimas da colonização europeia, persistente ainda na atualidade. Nesse contexto, as Artes na Educação do Campo constituem uma possibilidade de oxigenação dialética de ensino dos ancestrais, que apontam para as pedagogias outras que são diferentes da verticalidade que caracterizam eurocentrismo caucasiano, que é persistente na pedagogia monocultural. Partindo dessas reflexões, a organizadora e os organizadores convidam a todos e a todas para a leitura prazerosa e construtiva deste dossiê.