A (auto)avaliação das escolas: "virtudes" e "efeitos colaterais"

Ensaio

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ISSN: 0104-4036
Editor Chefe: Fátima Cunha
Início Publicação: 01/10/1993
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciência da computação, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Engenharias

A (auto)avaliação das escolas: "virtudes" e "efeitos colaterais"

Ano: 2009 | Volume: 17 | Número: 62
Autores: Virgínio Sá
Autor Correspondente: Virgínio Sá | [email protected]

Palavras-chave: Avaliação institucional, Auto-avaliação, Avaliação externa, Qualidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ao longo das duas últimas décadas, em contextos sócio-políticos muito diversos, primeiro nos países centrais,depois nos países semi-periféricos e periféricos, a agenda avaliativa, nas suas diferentes configurações e domínios de incidência, tem vindo a assumir uma enorme centralidade. No caso de Portugal, as alterações recentes no quadro legislativo que enquadra as nossas escolas e os seus profissionais, com destaque para o novo estatuto da carreira docente do ensino não superior e para a " indexação" dos muito propalados contratos de autonomia à prévia existência de processos auto-avaliativos e de avaliação externa, catapultaram esta problemática para as primeiras páginas da agenda pública. As razões deste (súbito) interesse pelas questões da avaliação educacional em geral, e da avaliação institucional em particular, organizam-se em torno de uma pluralidade de eixos estruturadores filiados em lógicas e racionalidades em tensão, uns mais vinculados às preocupações com o controlo, outros mais sintonizados com uma agenda emancipatória.Neste texto pretende-se discutir algumas daquelas lógicas e racionalidades em tensão, articulando-as com a diversidade de agentes e de agendas que a avaliação pode servir. De modo mais específico, procura-se pôr em evidência alguns dos " efeitos colaterais" decorrentes de concepções e práticas avaliativas que ignoram, ou desprezam, a assunção da escola como " organização educativa complexa" .



Resumo Inglês:

Throughout the two last decades, in diverse social political contexts, firstly in central countries, later in the peripheral and the semi-peripherals countries, the assessment agenda, in its different configurations and domains of incidence, has come to assume an enormous centrality. In the case of Portugal, the recent alterations in the educational legislation that fits our schools and its professionals, with prominence for the new statute of the teaching career and for the " indexation" of the contracts of autonomy to the previous existence of internal and external evaluation processes, had raised this problematic on the first pages of the public agenda. The reasons of this interest for the questions of the educational evaluation in general, and the institutional evaluation in particular, organize around a plurality of structuring axles originated in logics and rationalities in tension, some more tied with the concerns with the control, others more syntonized with an emancipatory agenda. In this text we intend to discuss some of those logics and rationalities in tension, articulating them with the diversity of agents and agendas that the evaluation can serve. In a more specific way, we essay to put in evidence some of the " collateral effects" emerging from assessment conceptions and practices that ignore, or disdain, the assumption of the school as a " complex educational organization" .



Resumo Espanhol:

A través de las dos décadas pasadas, en contextos políticos y sociales diversos, primero en los países centrales, después en los países periféricos y semi-periféricos, la agenda evaluativa, en sus diversos configuraciones y dominios de incidencia, ha venido asumir un interés enorme. En el caso de Portugal, los cambios recientes en el cuadro legislativo que regula nuestras escuelas y a sus profesionales, con prominencia para el nuevo estatuto de la enseñanza y de la educación no superior y para la " indexación" de los contratos de la autonomía a los resultados de la auto-evaluación y de la evaluación externa, proyectaron este tema para las primeras páginas de la agenda pública. Las razones de este interés por las cuestiones de la evaluación educativa en general y de la evaluación institucional en particular, se organizan alrededor de una pluralidad de ejes estructuradores, filiados en lógicas y racionalidades en tensión, unos más articulados con las preocupaciones con el control, otros más en sintonía con una agenda emancipatória. En este texto se piensa discutir algunas de esas lógicas y racionalidades en tensión, las articulando con la diversidad de agentes y agendas que la evaluación pueda servir. En una manera más específica, se mira poner en evidencia algunos de los " efectos colaterales" que se desarrollan en consecuencia de las concepciones y prácticas de evaluación que no hacen caso, o desdeñan, de la escuela como " organización educativa compleja" .