A sociedade brasileira ainda não possui cultura favorável ao desenvolvimento de autoavaliação. Para superarmos a ideia de avaliação somativa e geradora de rankings com base em indicadores essencialmente quantitativos, faz-se necessário ousar e experimentar processos autônomos, formativos e com ampla participação da comunidade acadêmica em todos os níveis educacionais. Assim, diante do desafio de aperfeiçoamento da Avaliação Capes, especialmente em relação às limitações do emprego de métodos qualitativos em avaliações externas de larga escala em um sistema que adquiriu grande dimensão, a valorização das propostas e práticas de Autoavaliação dos Programas na Ficha de Avaliação da Capes, em todas as áreas do conhecimento, se constitui numa importante oportunidade para uma mudança cultural. O desenvolvimento da autoavaliação nos PGs induzirá um processo de amadurecimento de pesquisadores e discentes no sentido de corresponsabilização, colaboração e engajamento na melhoria do stricto sensu, da qualidade da formação de pesquisadores brasileiros e, principalmente, da prática democrática na pós-graduação brasileira.
Brazilian Society still does not possess a culture that is favorable for the development of self-evaluation. To overcome the idea of somative evaluation and the creation of rankings based on indicators that are essentially quantitative, it is necessary to experiment with processes that are autonomous, formative, and participatory, involving the academic community on all educational levels. Thus, in light of the challenge of improving the Capes evaluation system, especially in relation to the limitations regarding the use of qualitative methods in the context of large-scale, external assessments conducted nationally, the value now given to the proposals and practices of the self-evaluation of graduate programs as a component of Capes’ evaluation model represents an important opportunity to promote cultural change. The development of the self-evaluation of graduate programs will induce greater maturity on the part of researchers and students with respect to co-responsibility, collaboration, and engagement in efforts to improve graduate study, thereby contributing not only to the quality of researcher preparation, but also to the practice of democracy within graduate-level programs.