AUTONOMIA CURRICULAR DO PROFESSOR EM ANGOLA: um olhar na perspectiva dos documentos normativos

Revista Espaço do Currículo

Endereço:
Via Expressa Padre Zé - S/N - Cidade Universitária
João Pessoa / PB
58900-000
Site: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec
Telefone: (83) 3043-3170
ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

AUTONOMIA CURRICULAR DO PROFESSOR EM ANGOLA: um olhar na perspectiva dos documentos normativos

Ano: 2019 | Volume: 12 | Número: 2
Autores: António Luis Julião
Autor Correspondente: António Luis Julião | [email protected]

Palavras-chave: Autonomia curricular, Professor, qualidade de ensino.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Angola atravessa momentos de profundas mudanças a todos os campos e dimensões, o que faz sentido repensar a escola, como local estratégico de decisão curricular, de mudanças organizacionais e funcionais que permitem melhorar o ensino e adequar o sistema educativo aos imperativos hodiernos. Inserida nesta lógica a publicação do Decreto Presidencial nº 160/18 de 3 de Julho, embora de forma tácita, procura gerar uma nova perspectiva de gestão curricular consentindo algumas margens de autonomia aos professores,enquanto agentes curriculares, reforçando o seu papel. Assim, parece continuar a existir alguma dissonância entre o estatuído na norma e o que acontece no terreno das práticas. Neste sentido,o presente artigo augura analisar a autonomia curricular do professor à luz do decreto executivo supra aludido, no sentido de se garantir o sucesso educativo dos aprendentes. Para dar suporte ao mesmo, e inspirando-se na abordagem qualitativa, primou-se pelo levantamento do aparato bibliográfico e a análise documental. Para elaborar o texto dialogamos com Roldão (1998, 2013); Pacheco (2000, 2001); Morgado (2000;2011); Afonso (2014), e outros que discutem a autonomia curricular do professor. Aprofundando a leitura, os autores chamam atenção para a necessidade de uma maior autonomia do professor, substancialmente fundada no processo colectivo de construção no contexto da escola. O normativo vigente, embora de forma tácita, confere alguma autonomia aos professores, porém, observações quotidianas e relatos indicam algum desconhecimento dessa prerrogativa normativa, pois em muitos casos, alguns docentes privilegiam exactamente o que consta no currículo em detrimento da tomada de decisões partilhadas, colocando em causa a qualidade do processo de ensino e aprendizagem.



Resumo Inglês:

Overview Angola crosses moments of profound changes to all fields and dimensions, which makes sense to rethink the school, as a strategic location from curricular decision, organizational change and functional that allow to improve the teaching and adapting the system educational requirements today. Inserted in this logic to the publication of the Presidential Decree No. 160/18 of July 3, though tacit, seeks to generate a new perspective of curricular management allowing some margin of autonomy to teachers, while curricular agents, reinforcing your role. So, still seems to be some dissonance between the conditions laid down in the standard and what happens on the ground of the practices. In this sense, the present article augurs analyzecurricular teacher autonomy in light ofthe Executive Decree above mentioned, in order to ensure the educational success of learners. To support the same, and based on a qualitative approach, excelled by lifting the bibliographical and documental analysis apparatus. To elaborate the text banterback and forth with Ratti (1998, 2013); Pacheco(2000, 2001); Morgado (2000;2011); Afono (2014), and others that discuss the curriculum of teacher autonomy. Deepening the reading, the authors draw attention to the need for a greater autonomy of the teacher, substantially based on collective construction process in the context of the school. The currentstandard, albeit tacit, gives autonomy to teachers, however, daily observations and reports indicate some ignorance of this prerogative rules, because in many cases, some teachers favor exactly what the curriculum at the expense ofshared decision making, putting into question the quality of the teaching and learning process.



Resumo Espanhol:

Angola está atravesando momentos de profundos cambios en todos los campos y dimensiones, lo que tiene sentido repensar la escuela, como un lugar estratégico para la decisión curricular, de cambios organizativos y funcionales que permitan mejorar la enseñanza y adaptar el sistema educativo a los imperativos de hoy. Insertado en esta lógica, la publicación del Decreto Presidencial N ° 160/18 del 3 de julio, aunque tácitamente, busca generar una nueva perspectiva de gestión curricular que permita algunos márgenes de autonomía para los docentes, como agentes curriculares, reforzando su papel. Por lo tanto, parece haber una cierta disonancia entre lo estipulado en la norma y lo que sucede en el campo de las prácticas. En este sentido, el presente artículo pretende analizar la autonomía curricular del profesor a la luz del decreto ejecutivo mencionado anteriormente, a fin de garantizar el éxito educativo de los alumnos. Para respaldarlo, e inspirarse en el enfoque cualitativo, se caracterizó por el estudio del aparato bibliográfico y el análisis documental. Para elaborar el texto, hablamos con Roldão (1998, 2013); Pacheco (2000, 2001); Morgado (2000; 2011); Afonso (2014) y otros que discuten la autonomía curricular del profesor. Al profundizar la lectura, los autores llaman la atención sobre la necesidad de una mayor autonomía docente, basada sustancialmente en el proceso colectivo de construcción en el contexto escolar. Las normas actuales, aunque tácitamente, otorgan cierta autonomía a los maestros, sin embargo, las observaciones e informes diarios indican cierta ignorancia de esta prerrogativa normativa, porque en muchos casos, algunos maestros privilegian exactamente lo que aparece en el plan de estudios en detrimento de la toma de decisiones compartidas, poniendo en duda la calidad del proceso de enseñanza y aprendizaje.