Se os autorretratos de pintores renascentistas serviram um dia para definir subjetividades, ou se hoje vivemos sob o império dos selfies, a recorrência de autorretratos em ensaios fotográficos de artistas mais recentes desafia a antiga unidade do Eu. A noção de complexidade proposta por Edgar Morin e a definição de identidade que dela decorre ajudam a compreender a diversidade de estratégias de autorretratos contemporâneos e os desafios que se colocam atualmente para a definição da identidade. A separação entre o sujeito e objeto, o princípio da não-contradição e uma concepção linear do tempo são questionados em imagens que partem de outras prerrogativas para definir um sujeito múltiplo e complexo.
If the self-portraits of renaissance painters served one day to set subjectivities, or if today we live under the rule of selfies, the recurrence of self-portraits in pictorials of more recent artists defies the old unit the Self. The notion of complexity proposed by Edgar Morin and the definition of identity that flows from it help to understand the diversity of contemporary self-portraits strategies and the challenges that currently pose to the definition of identity. The separation between subject and object, the principle of non-contradiction and a linear conception of time are questioned in pictures departing from other prerogatives to define a multiple and complex subject.