Neste artigo, são problematizadas concepções realistas de conhecimento que organizam as decisões pedagógicas e favorecem que a avaliação seja significada como “monstro” que aterroriza os processos de escolarização de crianças, jovens e adultos. Tal discussão é desenvolvida à luz de aportes teóricos pós-estruturais, cuja apropriação tem sido produtiva para a compreensão dos pressupostos teóricos que sustentam certezas e legitimam práticas avaliativas excludentes que alimentam medos e inseguranças nos processos de escolarização. Como referencial teórico, são apropriadas contribuições de aportes pós-estruturais produzidos no campo do currículo em interlocução com reflexões sobre avaliação. Como considerações resultantes dessas reflexões, cabe destacar que a promoção de práticas avaliativas que possam, de fato, contribuir para a realização de uma educação mais democrática e inclusivas pressupõe investimento teórico em reflexões que tornem explícita a contingência de decisões pedagógicas.
In this article, realistic conceptions of knowledge that organize pedagogical decisions are problematized and encourage assessment to be seen as a “monster” that terrorizes the schooling processes of children, young people and adults. This discussion is developed in the light of post-structural theoretical contributions, the appropriation of which has been productive for understanding the theoretical assumptions that support certainties and legitimize exclusionary evaluative practices that feed fears and insecurities in the schooling processes. As a theoretical reference, contributions from post-structural contributions produced in the field of curriculum are appropriate in dialogue with reflections on assessment. As considerations resulting from these reflections, it is worth highlighting that the promotion of evaluative practices that can, in fact, contribute to the realization of a more democratic and inclusive education presupposes theoretical investment in reflections that make explicit the contingency of pedagogical decisions.
En este artículo se problematizan concepciones realistas del conocimiento que organizan las decisiones pedagógicas y propician que la evaluación sea vista como un “monstruo” que aterroriza los procesos de escolarización de niños, jóvenes y adultos. Esta discusión se desarrolla a la luz de aportes teóricos postestructurales, cuya apropiación ha resultado productiva para comprender los supuestos teóricos que sustentan certezas y legitiman prácticas evaluativas excluyentes que alimentan miedos e inseguridades en los procesos de escolarización. Como referencia teórica, resultan apropiados los aportes provenientes de aportes postestructurales producidos en el campo del currículo en diálogo con las reflexiones sobre la evaluación. Como consideraciones resultantes de estas reflexiones, cabe destacar que la promoción de prácticas evaluativas que puedan, de hecho, contribuir a la realización de una educación más democrática e inclusiva, presupone una inversión teórica en reflexiones que hagan explícita la contingencia de las decisiones pedagógicas.