Objetivo: Avaliar a qualidade de vida (QV) e a percepção da saúde bucal de deficientes visuais. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter transversal, abrangendo pessoas com deficiência visual, nos meses de setembro e novembro de 2019. Foram entrevistados 20 deficientes visuais no Instituto de Educação Assistencial aos Cegos do Nordeste, Campina Grande, Paraíba, Brasil, maiores de 18 anos. Para a avaliação da QV foi utilizado o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref) e para avaliação da percepção de saúde bucal foi utilizado o Oral Health Impact, Profile (OHIP-14, versão em português). Para a análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva e categorização. Resultados: Observou-se uma predominância de indivíduos do sexo masculino (80%), com média de idade de 32,3 anos. Em relação à escolaridade, 40% possuíam o ensino médio completo. Sobre o estado civil, 75% eram solteiros. O estudo revelou melhor QV nos domínios psicológico e relações sociais (escores médios, EM: 4,0 ± 2,83 e 3,9 ± 3,22, respectivamente). Com relação à avaliação da percepção sobre a saúde bucal, as dimensões mais afetadas foram dor física (EM 2,05 ± 2,01) e desconforto psicológico (EM 2,25 ± 2,27). Conclusão: Pessoas com deficiência visual apresentam uma menor percepção de QV nos domínios físico e de meio ambiente e, no que tange à percepção de saúde bucal, os indivíduos pesquisados sentem-se insatisfeitos com a sua atual condição.
Objective: To evaluate the quality of life (QoL) and the perception of oral health of visually impaired people. Methods: Quantitative cross-sectional study covering people with visual impairments in the months of September and November 2019. Twenty visually impaired people were interviewed at the Instituto de Educação Assistencial ao Cegos do Nordeste, Campina Grande, Paraíba, Brazil, older than 18 years. The World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref) was used to assess QoL and the Oral Health Impact Profile (OHIP-14, Portuguese version) was used to assess the oral health perception. For data analysis, descriptive statistics and categorization were used. Results: There was a predominance of male individuals (80%), with a mean age of 32.3 years. Regarding education, 40% had completed high school. Regarding marital status, 75% were single. The study revealed better QoL in the psychological and social relationships domains (mean scores, ME: 4.0 ± 2.83 and 3.9 ± 3.22, respectively). Regarding the assessment of perception of oral health, the dimensions most affected were physical pain (EM 2.05 ± 2.01) and psychological discomfort (EM 2.25 ± 2.27). Conclusion: People with visual impairment have a lower perception of QOL in the physical and environmental domains and, concerning the perception of oral health, the individuals surveyed feel dissatisfied with their current condition.