Este artigo discute as práticas avaliativas presentes na educação das crianças de 0 a
3 anos. A metodologia foi construÃda através de pesquisa qualitativa, realizada em
uma creche da Rede Municipal de Campinas (RMC) durante um ano e utilizou os
seguintes recursos na coleta de dados: observações e entrevistas. A avaliação presente
neste espaço comparava, rotulava, classificava, ora reprovava, ora aprovava a criança.
Uma avaliação baseada na vigia e no controle constante (na observação se a criança
obedecia ou não às regras que eram determinadas), que disciplinava o corpo e
determinava as formas das crianças se portarem, como: a maneira que deveriam se
sentar, comer, dormir, brincar, entre outras. Ao mesmo tempo, os dados revelaram um
movimento de transgressão por parte das crianças em relação a estas regras, ou seja,
uma resistência à forma de trabalho que, se apresentava rotineiro e homogêneo, que
educava para o disciplinamento e para a submissão. Assim, em contrapartida a esta
forma de trabalho, as crianças mostravam sinais de (des) encontro entre as propostas
dos adultos e da instituição e o seu jeito de ser.