Este artigo realiza uma análise crítica da prática do avanço escolar sem aprendizagem, frequentemente institucionalizada como progressão continuada. A discussão gira em torno da artificialidade dos índices de aprovação e da desconexão entre promoção e desenvolvimento real das competências educacionais. A partir de uma leitura fundamentada em pensadores como Freire, Saviani, Gramsci e Magda Soares, questiona-se a manutenção de um modelo que naturaliza o fracasso escolar ao mesmo tempo em que sustenta uma lógica de controle social e submissão. O estudo evidencia os mecanismos que sustentam a continuidade dessa prática, entre eles a cultura do rendimento, o pacto de silêncio institucional e o uso político dos dados educacionais. Por fim, propõe caminhos para uma educação que priorize a aprendizagem significativa, a valorização docente e a formação crítica dos sujeitos.