BASE NACIONAL COMUM DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: DILEMAS, EMBATES E PONTOS DE VISTA

Série-Estudos

Endereço:
Avenida Tamandaré, n. 6000 - Bairro Jardim Seminário
Campo Grande / MS
79117-900
Site: https://www.serie-estudos.ucdb.br/serie-estudos
Telefone: (67) 3312-3598
ISSN: 2318-1982
Editor Chefe: José Licínio Backes
Início Publicação: 12/06/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

BASE NACIONAL COMUM DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: DILEMAS, EMBATES E PONTOS DE VISTA

Ano: 2020 | Volume: 25 | Número: 55
Autores: Graça Regina Franco da Silva Reis, Rafael Marques Gonçalves
Autor Correspondente: Graça Regina Franco da Silva Reis | [email protected]

Palavras-chave: Base Nacional; currículo; formação de professores; cotidiano escolar.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

: O presente texto tem como objetivo pensar a Base Nacional Comum de Formação (BNCFormação) em sua proposta inicial e, a partir dela, a BNCC já implantada em sua completude, desde 2019, organizando nosso debate em quatro momentos: no primeiro, assumimos a partir de Santos (2002) que estas duas políticas são o retrato de uma razão indolente que se apresenta nas quatro formas explicitadas pelo autor. Indicamos que essa indolência está presente nas políticas de currículo e formação estabelecidas por um modelo “eficientista”, o qual retrata concepções de escola, aluno, professor e sociedade afastadas de um Estado Social de bem-estar que, entre outros aspectos, deveria ser constituído na diversidade e na diferença cultural. No segundo momento, tratamos sobre a BNCC compreendendo que é necessário conhecê-la para compreender melhor essa interdependência entre ela e a BNC-Formação e o ponto de vista que as unifica. No terceiro momento, trazemos uma discussão que perpassa as pesquisas com os cotidianos sobre os conceitos de raízes e opções (SANTOS, 2008) que demarcam nossos pontos de vista sobre currículo e formação docente. Por fim, destacamos que a formação de professores deveria estar pautada na ideia de que docentes são produtores de currículos, de seus materiais pedagógicos e dos processos de avaliação, e não meros transmissores do que vêm predeterminado pelas políticas educacionais que estão sendo desenhadas para formação docente.



Resumo Inglês:

This paper’s goal is to reflect on the Common National Base for Basic (BNC-Formação) in its initial proposal and, from it, analyze the BNCC. The BNCC is fully implemented since 2019; we organize our debate in four moments: first, we assume from Santos (2002) that both policies are reproductions of an indolent reason, which is presented in the four ways theorized by the author. We indicate that the indolent reason is present among the curriculum and training policies established by an “efficientist” model. The “efficientist” model is based on a school, student, teacher, and society concepts aloof from the Welfare State. The State, among other aspects, should be shaped by diversity and cultural differences. Secondly, we conduct a study of the BNCC, thus understanding that it is necessary to deepen our research to understand the interdependence between BNCC and BNC-Formação and the point of view that unifies them. Third, we bring a discussion that permeates the research with ordinary concepts of roots and options (SANTOS, 2008), which impacts our points of view about curriculum and teacher training. Finally, we conclude that teacher trainings should incorporate the idea of teachers as producers of curricula, pedagogical materials, and evaluation processes and not message senders of predetermined contents designed in the educational policies.



Resumo Espanhol:

El presente texto pretende pensar sobre la Base Nacional Común para la Formación (BNC-Formação) en su propuesta inicial y, a partir de ella, la BNCC ya implementada en su totalidad, desde 2019, organizando nuestro debate en cuatro momentos: en el primero, asumimos de Santos (2002) que estas dos políticas son el retrato de una razón indolente que aparece en las cuatro formas explicadas por el autor. Señalamos que esta indolencia está presente en las políticas curriculares y de formación establecidas por un modelo “eficientista”, lo cual retrata concepciones de escuela, alumno, docente y sociedad alejadas de un Estado de bienestar social que, entre otros aspectos, debe constituirse en el diversidad y diferencia cultural. En el segundo momento, nos ocupamos de la BNCC entendiendo que es necesario conocerla para comprender mejor esta interdependencia entre ella y BNC-Formação y el punto de vista que las unifica. En el tercer momento, traemos una discusión que atraviesa la investigación de los cotidianos sobre los conceptos de raíces y opciones (SANTOS, 2008) que demarcan nuestros puntos de vista sobre currículo y formación docente. Finalmente, enfatizamos que la formación docente debe basarse en la idea de que los docentes son productores de currículos, sus materiales didácticos y procesos de evaluación, y no meramente transmisores de lo predeterminado por las políticas educativas que se están diseñando para la formación docente.