O presente artigo constitui a primeira parte de um estudo sobre a história da teoria da tradução no Ocidente, desde a época clássica romana até o Renascimento. Ao repassar a prática tradutora realizada no período proposto, nossa preocupação se centra nos modos em que dita prática pode efetivar-se em seus momentos mais expressivos. A tradutologia ainda está se articulando para a constituição de uma história do pensamento sobre a tradução; no entanto, importantes contribuições têm sido oferecidas depois que se reconheceu a teoria retórica como o código principal da teoria da linguagem na Antigüidade, um código que deu um marco teórico fundamental para as discussões atuais sobre a tradução produzida até o século XVIII.