O português apresenta um tipo de sentença que tem sido
tradicionalmente analisado como uma pseudo-clivada reduzida,
as semi-clivadas, obtidas através do apagamento do operador-Q.
Construções semelhantes são também encontradas no
Espanhol Caribenho (EsC) e analisadas como tendo um
Operador nulo. Percebendo que nem todas as pseudo-clivadas
têm uma reduzida correspondente, Bosque (1999) e Camacho
(2006), tratando do EsC, e Mioto (2008), tratando do português
brasileiro (PB), propõem uma derivação independente para as
semi-clivadas. O presente trabalho se constitui numa tentativa
diferente de explicar as semi-clivadas, independentemente das
pseudo-clivadas, para dar conta de construções não permitidas
em EsC. A diferença proposta é que, enquanto nas pseudoclivadas
o foco é o argumento, o adjunto ou o VP, nas semiclivadas
o foco é o resÃduo de VP (depois da subida do verbo)
ou Adverbiais adjuntos a VP
Portuguese exhibits a type of sentence which has been traditionally
analyzed as the reduction of a pseudo-cleft, built up through the deletion/
erasure of the wh-operator. Similar constructions are also found in the
Caribbean dialects of Spanish (CS) and analyzed as containing a
Operator. Realizing that not all pseudo-clefts with an overt wh-operator
have a corresponding reduced cleft, or semi-cleft, Bosque (1999) and
Camacho (2006), for CS, and Mioto (2008), for Brazilian Portuguese,
propose an independent derivation for semi-clefts. This paper is another
attempt at deriving reduced or semi-clefts independently of pseudo-clefts,
an analysis that can account for constructions found out in BP, which are
inexistent in CS. I claim that, while pseudo-clefts focalize arguments, VP
or adjuncts, reduced clefts focalize only remnant VPs and VP-adjuncts.