A capacidade de desenvolver habilidades intelectuais e atingir o sucesso acadêmico figuram entre as mais valiosas moedas do capital cultural. Porém, estudos mostram que, infelizmente, grande parte da população ainda acredita que o pensamento seja uma competência determinada por fatores herdados, ou simplesmente desconhece o potencial da neuroplasticidade e os recursos necessários para promover aprendizagem. Por isso, os nossos dois principais objetivos neste trabalho de cunho bibliográfico são: apresentar autores que apostam na promoção da flexibilidade cognitiva; e divulgar dados que possam dar suporte à prática do educador. Segundo Feuerstein, o verbo primordial é “acreditar”. Concluímos, pela análise dos textos da última década sobre inteligência, cognição e aprendizagem, que o potencial de plasticidade neural e de melhora na qualidade do raciocínio é significativo em todas as idades, especialmente nos primeiros anos de vida. Entretanto, o acesso a esse potencial está diretamente relacionado à interação social e à mediação humana do conhecimento.