Tendo como pano de fundo a estruturação e dinâmica de funcionamento de um mercado de drogas ilegais da Grande Salvador, o presente artigo analisa a centralização deste mercado e posteriormente os seus conflitos e sua divisão entre duas quadrilhas prisionais rivais. Mostra que a consolidação do mercado de drogas, baseada no comércio de cocaÃna, principalmente, e operado por presidiários catalisou os conflitos pelo controle de territórios. Busca explicar que esta nova estrutura organizacional estabeleceu novas relações comerciais, levando em consideração a cooperação entre operadores e moradores, novos mecanismos de segurança e transformou em meta principal a expansão dos limites e abrangência do controle do comércio de drogas. Observa que embora tenha havido uma redução dos conflitos interpessoais, cresceram aqueles relacionados ao controle do mercado varejista de drogas ilegais. Argumenta ainda que as disputas armadas, permeadas por perÃodos de trégua entre grupos rivais, caracterizam um padrão especÃfico de mercado de drogas.