Este estudo questiona o comportamento errático da governança global da ONU e da África para entender como o Estado se tornou uma cortina de fumaça para a segurança global. Usando os casos africanos da Costa do Marfim e da Líbia, o estudo argumenta que o papel da ONU na governança global foi bastante reacionário aos desafios colocados pela liderança política na África, sem considerar as consequências. Ao utilizar super-Estados para executar a governança global em seu nome no sul global, o comportamento da ONU minou erraticamente a soberania dos Estados mais fracos. Também corrobora para as lutas geopolíticas no nível do Conselho de Segurança das Nações Unidas entre super-Estados – Estados Unidos, Reino Unido e França versus China e Rússia –, produzindo todos os tipos de resultados indesejáveis que moldam o processo e a execução da abordagem atual intervenções da ONU em conflitos em todo o mundo. O estudo sugere que a ONU e os poderes internacionais devem incentivar o fortalecimento e a utilização de mecanismos institucionais internos, orientados por instituições apropriadas da ONU, longe das ações militares para resolver problemas enfrentados pelos Estados e não usar a ONU para alcançar interesses fora do escopo nacional dos estados mais fracos.
This study questions the erratic behaviour of the UN and Africa’s global governance to understand how the State has become a smokescreen for global security. Using the African case of Cote d’Ivoire and Libya, the study argues that the UN’s role in global governance has been rather reactionary to the challenges posed by the political leadership in Africa without considering the aftermath. Using super-States to execute global governance on their behalf in the global south, the UN’s behaviour has erratically undermined the sovereignty of weaker states. It also continues the geopolitical struggles at the level of the United Nations Security Council between super-States – the United States, United Kingdom and France versus China and Russia –, producing all sorts of undesirable outcomes that shape the process and the execution of the current approach of UN interventions in conflict around the world. The study suggests that the UN and international powers should encourage the strengthening and utilization of internal institutional mechanisms guided by appropriate UN institutions away from military actions to solve problems faced by states and not to use the UN to achieve interests outside the national scope of the weaker states