A aplicação de métodos de modelagem tem sentido para os pesquisadores e educadores quando esses profissionais examinam os padrões matemáticos desenvolvidos pelos membros de culturas distintas. Atualmente, uma questão importante na educação matemática é a sua tendência em valorizar uma orientação local em seu paradigma de pesquisa. Assim, é necessária uma busca por metodologias inovadoras, como a etnomodelagem, para registrar as formas históricas das ideias, procedimentos e práticas matemáticas desenvolvidas em diversos contextos culturais. No entanto, a etnomodelagem não é uma tentativa de substituir a matemática escolar/acadêmica globalizada, porém, é necessário reconhecer a existência do conhecimento matemático local no currículo escolar. Esse contexto possibilitou o surgimento da insubordinação criativa da etnomodelagem ao evocar uma perturbação que provocou uma revisão das regras e regulamentos no processo de modelagem matemática. Esse processo desencadeou um debate sobre a natureza da matemática em relação à cultura ao propor um diálogo entre as abordagens locais e globais de maneiras dialógicas. Assim, o principal objetivo deste artigo é discutir a filosofia da etnomodelagem como uma insubordinação criativa da educação matemática e como um processo de glocalização.
The application of modeling methods makes sense for researchers and educators when these professionals examine mathematical patterns developed by members of different cultures. An important issue in mathematics education today is its tendency to value a local orientation in its research paradigm. Thus, a search for innovative methodologies, such as ethnomodeling, is necessary to record the historical forms of ideas, procedures and mathematical practices developed in different cultural contexts. However, ethnomodeling is not an attempt to replace globalized school/academic mathematics, however, it is necessary to recognize the existence of local mathematical knowledge in the school curriculum. This context enabled the emergence of the creative insubordination of ethnomodeling by evoking a disturbance that provoked a review of the rules and regulations in the process of mathematical modeling. This process triggered a debate about the nature of mathematics in relation to culture by proposing a dialogue between local and global approaches in dialogical ways. Thus, the main objective of this article is to discuss the philosophy of ethnomodeling as a creative insubordination of mathematics education and as a process of glocalization.
La aplicación de métodos de modelado tiene sentido para investigadores y educadores cuando estos profesionales examinan patrones matemáticos desarrollados por miembros de diferentes culturas. Un tema importante en la educación matemática actual es su tendencia a valorar una orientación local en su paradigma de investigación. Así, es necesaria la búsqueda de metodologías innovadoras, como la etnomodelación, para registrar las formas históricas de las ideas, procedimientos y prácticas matemáticas desarrolladas en diferentes contextos culturales. Sin embargo, la etnomodelación no es un intento de reemplazar las matemáticas escolares/académicas globalizadas, sin embargo, es necesario reconocer la existencia de conocimientos matemáticos locales en el currículo escolar. Este contexto permitió el surgimiento de la insubordinación creativa de la etnomodelación al evocar una perturbación que provocó una revisión de las reglas y normas en el proceso de modelación matemática. Este proceso desencadenó un debate sobre la naturaleza de las matemáticas en relación con la cultura al proponer un diálogo entre enfoques locales y globales de forma dialógica. Así, el objetivo principal de este artículo es discutir la filosofía de la etnomodelación como insubordinación creativa de la educación matemática y como proceso de glocalización.
L'application de méthodes de modélisation a du sens pour les chercheurs et les éducateurs lorsque ces professionnels examinent des modèles mathématiques développés par des membres de différentes cultures. Un problème important dans l'enseignement des mathématiques aujourd'hui est sa tendance à valoriser une orientation locale dans son paradigme de recherche. Ainsi, une recherche de méthodologies innovantes, telles que l'ethnomodélisation, est nécessaire pour enregistrer les formes historiques des idées, des procédures et des pratiques mathématiques développées dans différents contextes culturels. Cependant, l'ethnomodélisation n'est pas une tentative de remplacer les mathématiques scolaires/académiques mondialisées, cependant, il est nécessaire de reconnaître l'existence de connaissances mathématiques locales dans le programme scolaire. Ce contexte a permis l'émergence de l'insoumission créatrice de l'ethnomodélisation en évoquant une perturbation qui a provoqué une révision des règles et règlements dans le processus de modélisation mathématique. Ce processus a déclenché un débat sur la nature des mathématiques par rapport à la culture en proposant un dialogue entre les approches locales et globales de manière dialogique. Ainsi, l'objectif principal de cet article est de discuter de la philosophie de l'ethnomodélisation en tant qu'insoumission créative de l'enseignement des mathématiques et en tant que processus de glocalisation.
