Concepções sobre gênero e formação no campo da psicologia da saúde

Revista Ibero-America de Estudos em Educação

Endereço:
Rodovia Araraquara-Jaú, km 1 - Caixa Postal 174 - Campos Ville
Araraquara / SP
14800-901
Site: http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/index
Telefone: (14) 9636-1312
ISSN: 1982-5587
Editor Chefe: José Luís Bizelli
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Concepções sobre gênero e formação no campo da psicologia da saúde

Ano: 2019 | Volume: 14 | Número: Especial
Autores: Florêncio Mariano da Costa-Júnior, Bettina dos Santos Almeida, Rinaldo Correr
Autor Correspondente: Florêncio Mariano da Costa-Júnior | [email protected]

Palavras-chave: Gênero, Saúde, Ensino, Psicologia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A reflexão sobre o gênero na atuação profissional e no ensino dos cursos de graduação contribuem significativamente para pensar novas formas de instrumentalizar práticas. Modelos de masculinidades e feminilidades mantêm e são mantidos por discursos sexistas em diferentes cenários, incluindo o contexto da saúde. A noção de uma predisposição feminina a distúrbios físicos e emocionais, baseada em padrões sociais de fragilidade, culminou na criação de especialidades em saúde que visam a prevenir o adoecimento. O masculino, permeado por noções de resistência e força, se tornou sinônimo de corpo saudável, ratificando a dominação masculina e o papel político e econômico dos homens, influenciando o distanciamento dos homens nos cuidados com saúde. Este estudo investigou as concepções de 05 psicólogas atuantes no contexto hospitalar e ambulatorial sobre relações de gênero e saúde, por meio de entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo. Os dados ratificam outros achados de pesquisas no campo da saúde ao indicar o processo de generificação de práticas em saúde e seus possíveis desdobramentos no atendimento prestado. Os resultados obtidos poderão contribuir para a discussão da assistência psicológica prestada e as relações de gênero, bem como contribuir para uma formação que aborde as questões de gênero de forma interdisciplinar.



Resumo Inglês:

The Reflection about gender in both professional performance and teaching of the graduate courses significantly contributes to thinking new ways of instrumentalizing practices. Masculinity and femininity models keep and are kept by sexist speeches in different settings, including the health context. The notion of a female predisposition to physical and emotional disorders, based on social patterns of frailty, culminated in the creation of health specialties aimed at preventing such illness. The male, permeated by notions of resistance and strength, has become a synonymous of healthy body, reaffirming the male dominance and the political and economic role of men, influencing their distancing from the cares with health. This study investigated the concepts of 05 active psychologists in hospital and outpatient contexts about gender and health relations through semi-structured interviews and content analysis. The data confirm other research findings in the health field by indicating the gendering process of the health practices and its possible effects in the care provided. The results may contribute to the discussion of the psychological care provided and the gender relations and contribute to a training addressing gender issues in an interdisciplinary way.



Resumo Espanhol:

La reflexión sobre género en la actuación profesional y en la enseñanza de las carreras de grado contribuye significativamente para pensar nuevas formas de instrumentalizar prácticas. Modelos de masculinidades y femineidades se mantienen por discursos sexistas en distintos escenarios, incluyendo el contexto de la salud. La noción de una predisposición femenina a disturbios físicos y emocionales, basada en patrones sociales de fragilidad, culminó en la creación de especialidades en salud que visan a prevenir enfermedades. El masculino, permeado por nociones de resistencia y fuerza, se volvió sinónimo de cuerpo saludable, ratificando la denominación masculina y el papel político y económico de los hombres, influenciando el alejamiento de los hombres en los ciudadanos con salud. Este estudio investigó las concepciones de 05 psicólogas actuantes en el contexto hospitalario y ambulatorio sobre relaciones de género y salud, por medio de entrevistas semiestructuradas y análisis de contenido. Los datos ratifican otros hallazgos de investigaciones en el campo de la salud al señalar el proceso de generificación de prácticas en salud y sus posibles desdoblamientos en la atención prestada. Los resultados obtenidos podrán contribuir para la discusión de la asistencia psicológica prestada y las relaciones de género, así como contribuir para una formación que aborde las cuestiones de género de forma interdisciplinaria.