Considerações sobre a relacionalidade nas pesquisas participativas com crianças e jovens no/do sul global / Notes on the relationality in participatory researches with children and youth in/of the global south

Revista de Psicologia

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ISSN: 2179-1740
Editor Chefe: Cassio Adriano Braz de Aquino
Início Publicação: 26/01/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Psicologia

Considerações sobre a relacionalidade nas pesquisas participativas com crianças e jovens no/do sul global / Notes on the relationality in participatory researches with children and youth in/of the global south

Ano: 2021 | Volume: 12 | Número: 2
Autores: Juliana Siqueira de Lara, Paula Pimentel Tumolo, Felipe Salvador Grisolia, Sabrina Dal Ongaro Savegnago
Autor Correspondente: Juliana Siqueira de Lara | [email protected]

Palavras-chave: crianças, jovens, pesquisa participativa, relacionalidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo apresenta reflexões sobre a pesquisa participativa a partir das relações estabelecidas entre crianças, jovens e adultos. Tendo como base as diferentes pesquisas que os autores participaram, se problematizam dois universalismos que se fazem ver nos estudos com crianças e jovens. De um lado, há o universalismo da psicologia do desenvolvimento que objetifica crianças e jovens como indivíduos menos capazes e em vias de aquisição de racionalidade e identidade. De outro lado, estudos recentes realizados eminentemente em países do Norte tomam as novas gerações como seres autônomos que podem claramente enunciar sua voz e ponto de vista se dadas as condições para tal. Em antagonismo a tais universalismos, se defende a ideia de que a relação interdependente entre pesquisador e pesquisado produz ambos os sujeitos e que é nesta relação que a pesquisa pode se fazer participativa e relevante para aqueles que nela tomam parte.



Resumo Inglês:

The present article presents a series of reflections upon participatory research, focusing on the relationships established between children, young people and adults. Based on the different researches the authors have taken part in two universalisms often present in studies with children and young people are problematized. On the one hand, developmental psychology’s universalism objectifies children and young people as individuals who are less capable than, and in the process of acquiring rationality and identity. On the other hand, recent studies conducted mainly in the global North project the newer generations as autonomous beings that can clearly enunciate their voices and state their points of view, as long as the proper conditions to do so are guaranteed. In opposition to such universalisms, it is defended that the interdependent relationship between the researcher and the researchee produces both subjects, and that it is through this relationship that the research can be made participatory and relevant to those taking part in it.