Esse texto demonstra uma importância sobre a construção do professor surdo dentro da sua trajetória histórica e cultural dos professores surdos que desafiam as relações de poder na Educação Superior. Os processos dos professores surdos desafiam, preocupam e geram debates sobre problemas que afetam a participação desse público em práticas das relações de poder na Educação Superior. A investigação partiu da questão: Como os professores surdos se posicionam politicamente nas relações de poder estabelecidas para a construção de suas narrativas na Educação Superior? O objetivo descrito neste artigo foi uma trajetória cultural da construção dos professores surdos na Educação Superior. Assim, os dados advieram de relatos em Língua de Sinais Brasileira, assim como do trabalho dos participantes diretos: professores surdos. Foucault (2004); Hall (2009); Bhabha (1998); Touraine (2009); Veiga- Netto (2010) embasam o conceito das relações de poder que permeia este estudo. Perlin (2003) e Ladd (2002) subsidiam o enfoque cultural. Os resultados apontam não só condições iniciais de angústia, dúvida e dificuldade, mas também a vontade de discutir mais as redes de poderes travadas cotidianamente pelos professores surdos. As identificações das narrativas confirmaram o valor do reconhecimento cultural e linguístico como estratégia das relações de poder nocontexto universitário.
This text demonstrates the importance of the construction of the deaf teacher within their historical cultu- ral trajectory of deaf teachers who challenge power relations in Superior Education. The processes of deaf teachers challenge worry and generate debates about problems that affect the participation of this public in practices of power relations in Superior Education. The investigation came from the question: How deaf teachers make their political stands in power relations established to the construction of their narratives at Superior Education? The objective of this article described was a cultural trajectory of the construction of deaf teachers in Higher Education. Thus, the data came from reports in Brazilian Sign Language, as well as from the work of direct participants: deaf teachers. Foucault (2004); Hall (2009); Bhabha (1998); Touraine (2009); Veiga-Netto (2010): underlie the concept of power relations that permeate this study. Perlin (2003); Ladd (2002) subsidize with the cultural focus. The results point to not only initial conditions of anguish, doubt and difficulty, but also to the desire to further discuss the networks of powers held daily by deaf te- achers. The identifications of the narratives confirmed the value of cultural and linguistic recognition as a strategy for power relations in the university context.