Como um percurso para problematizar noções de masculinidades que se circulam na vida em sociedade, bem como seus múltiplos efeitos nas trajetórias de homens, o presente trabalho visa analisar alguns discursos apresentados em um dispositivo tecnológico especifico, o documentário estadunidense The Mask You Live In, a partir de um diálogo com o campo dos estudos de gênero e com a concepção ética referente ao cuidado de si, tal como articulada por Michel Foucault. Tendo como percurso metodológico a pesquisa documental, a análise localiza os processos de subjetivação como campos de forças em disputa, onde noções hegemônicas e subalternas coexistem em guerra. Conclui-se, provisoriamente, afirmando a importância da circulação de movimentos de resistência, que disparam debates críticos sobre ordem dos gêneros e que ressaltam o cuidado de si como exercício fundamental na invenção de modos mais autônomos e criativos de existência.