Este ensaio trata da classificação da crônica como um gênero jornalÃstico
opinativo, procurando mostrar, ao longo do texto, que a narrativa cronÃstica
possui caracterÃsticas próprias e independentes da categoria opinativa.
Discorremos também sobre a divisão da crônica estabelecida pelo autor Luiz
Beltrão; uma sistematização fechada que não prevê a liberdade do cronista
como principio básico na elaboração da crônica. Ainda apresentamos a visão
de alguns literatos que consideram a crônica um gênero literário, dividindoa em diferentes modalidades. Por fim, tentamos mostrar que essa
preocupação taxionômica de jornalistas e literatos não consegue ampliar o
conceito de crônica; uma narração com enorme riqueza discursiva que
perpassa os limites da literatura ou do jornalismo.